Mário Couto defende o Ficha Limpa e pede fim do voto secreto em decisões do Parlamento



O senador Mário Couto (PSDB-PA) disse, nesta quinta-feira (13), que a moralização do Congresso Nacional depende não apenas da aprovação do projeto Ficha Limpa, mas também da aprovação das propostas que põem fim às votações secretas no Parlamento. O Ficha Limpa impede a candidatura de políticos condenados em decisão colegiada tomada em processo ainda em tramitação no Judiciário.

- Por que temos que esconder nosso voto da população? Isso é uma vergonha - disse o senador.

Mário Couto confessou que se sente constrangido quando é obrigado a esconder meu voto.

- É obrigação minha mostrar ao eleitor no que estou votando - afirmou.

Em aparte, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) lembrou que há mais de um ano três propostas de emenda à Constituição (PECs) - de sua autoria, do ex-senador e atual governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) e do senador Paulo Paim (PT-RS) - constam da pauta do Plenário, sem serem colocadas na ordem do dia para votação.

Alvaro Dias recordou que o tema esteve em pauta por ocasião do Caso Renan Calheiros (PMDB-AL) em 2007, quando o então presidente do Senado foi acusado de quebra de decoro parlamentar por ter, entre outras supostas irregularidades, recebido recursos de uma empreiteira para pagar pensão alimentícia de filha havida fora do casamento.

Sem licitação

Mário Couto também denunciou a existência de irregularidades em reformas que estão sendo feitas em 88 escolas no estado do Pará, segundo ele, sem licitação.O parlamentar mostrou-se indignado com o fato de a ex-secretária de Educação, Socorro Coelho, ter admitido em entrevista à imprensa após sua demissão do cargo, "orgulhar-se" de ter reformado 33 escolas por meio de licitação, quando essa é uma exigência legal.

O senador também mencionou o estado precário de estradas próximas à cidade turística de Salinas e de uma colônia de pescadores, no Pará, cujas obras custaram, segundo ele, R$ 1,9 milhão e se deterioraram no prazo de seis meses. Com isso, os pescadores têm a venda do produto da pesca prejudicado, reclamou o parlamentar, que responsabilizou a governadora Ana Júlia Carepa pela baixa qualidade do empreendimento.



13/05/2010

Agência Senado


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