Marluce Pinto denuncia que a Funai quer transformar a Amazônia Legal em reserva indígena
A senadora, que recebeu a solidariedade dos senadores Edison Lobão (PFL-MA) e Lúdio Coelho (PSDB-MS), manifestou sua preocupação pelo fato de hoje já serem 564 as reservas indígenas oficialmente demarcadas, somando aproximadamente 100 milhões de hectares, ou 11,85% do território brasileiro. No entanto, advertiu ela, há um agravante:
- Além dessas, 35 áreas estão em processo de demarcação e outras 62, em estudos para futura demarcação. Dessas 35 áreas, 18 estão sob a custodia do Projeto Integrado de Proteção às Populações e Terras Indígenas da Amazônia Legal, que é uma espécie de ONG multinacional, financiado pelos sete grandes, o conhecido grupo G-7.
Marluce advertiu para o fato de os dados disponíveis indicarem que essas futuras reservas se localizam exatamente sobre a Região Norte, "num abraço estendido sobre a imensa e rica Amazônia Legal ". Ela observou que a Funai tem evitado cumprir até mesmo prazos constitucionais, no que se refere a demarcação das terras indígenas. Segundo ela, o último prazo previsto na Constituição de 1988 expirou em outubro de 1993 sem que a Funai concluísse seus trabalhos.
Marluce Pinto comunicou ao Plenário que iria ainda nesta sexta-feira ao Ministério da Justiça para entregar ao Ministro Aloysio Nunes Ferreira extensa documentação sobre as novas demarcações que a Funai pretende realizar em Roraima.
14/12/2001
Agência Senado
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