Martus Tavares explica nesta quarta ao Congresso cortes no orçamento



O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Martus Tavares, comparecerá nesta quarta-feira (dia 21), às 10h, à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização para explicar o decreto do presidente da República que contingenciou R$ 7,35 bilhões do orçamento deste ano. O relator-geral do orçamento no Congresso, senador Amir Lando (PMDB-RO), informou que pretende questionar o ministro sobre o veto presidencial ao artigo do projeto orçamentário que tratava do acordo destinado a elevar o salário mínimo para R$ 180, em abril.

Por esse acordo, o governo concordava com a intenção dos partidos políticos de reajustar em 19,2% o salário mínimo desde que os parlamentares aprovassem três projetos de combate à sonegação e ainda abrissem mão da verba garantida de R$ 1,6 bilhão para suas emendas, valor previsto na proposta orçamentária que o Executivo encaminhou ao Congresso.

Em troca, o governo aceitaria emendas dos parlamentares, desde que os projetos anti-sonegação rendessem mais de R$ 1,2 bilhão, recursos que serão usados para bancar o aumento do salário mínimo. O Congresso aceitou o acordo, especialmente porque os economistas do Congresso previram uma arrecadação extra de até R$ 9 bilhões neste ano, proveniente da caça aos sonegadores.

O Congresso aprovou as leis contra os sonegadores, perdeu a verba garantida para suas emendas e ficou na expectativa de que a arrecadação adicional passe de R$ 1,2 bilhão, o que permitirá ao Executivo atender às emendas dos parlamentares. No último dia 6, no entanto, o presidente da República assinou decreto contingenciando R$ 7,35 bilhões do orçamento e, conforme notícias dos jornais, as emendas do Congresso poderão ser afetadas. O ministro Martus Tavares foi convidado a explicar o decreto, especialmente se as emendas dos deputados e senadores ficarão prejudicadas.

20/02/2001

Agência Senado


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