Mauro Miranda cobra ações para reduzir transmissão de Aids pelo aleitamento materno



O senador Mauro Miranda (PMDB-GO) cobrou a implementação de programas que previnam a transmissão materno-infantil do vírus HIV. Ele considera que as ações de prevenção da Aids ainda são insatisfatórias na maioria dos estados, embora o país disponha de programa de combate à Aids considerado internacionalmente um sucesso.

A preocupação do senador dirige-se sobretudo para a transmissão da Aids durante o aleitamento materno. Para ele, mães pobres infectadas pelo vírus HIV deveriam ter acesso gratuito ao leite em pó, a ser fornecido pelos serviços de saúde. Outra alternativa, sugere o senador, seria a inclusão dessas mães em um subprograma do Programa Bolsa-Alimentação.

Mauro Miranda explica que as autoridades de saúde recomendam a mães infectadas, cujos filhos nasceram livres do HIV, que não amamentem. Isso cria um situação dramática, acentua o senador, uma vez que a epidemia cresce principalmente na camada mais pobre da população. "Muitas dessas mães não têm recursos para comprar o leite de que seus bebês necessitam", explica.

Algumas secretarias de Saúde de estados e municípios têm distribuído leite para mães com HIV, mas este não é o caso de Goiás, disse Mauro Miranda. O Ministério da Saúde também executa, segundo o senador, um projeto piloto que inclui a distribuição de leite em pó adequado a crianças que não podem ser amamentadas no peito. O programa, contudo, abrange atualmente um pequeno número de maternidades.

- A situação, em geral, ainda é de abandono, descaso e de trágica e desnecessária transmissão do vírus das mães a seus filhos - afirma.

O senador também aponta falhas na prevenção da transmissão da Aids durante a gravidez. Ele observa que a utilização da quimioprofilaxia, durante a gravidez e no parto, poderia reduzir a transmissão materno-infantil para menos de 2%. Mas tal ação de prevenção só é adotada em poucos serviços, localizados geralmente nas capitais e grandes cidades, lastima Mauro Miranda. Além disso, acrescenta ele, os serviços públicos de pré-natal nem sempre oferecem aconselhamento e diagnóstico sorológico para as gestantes, como preconiza o Ministério da Saúde.



19/08/2002

Agência Senado


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