MELO PEDE APOIO PARA EMENDA CONSTITUCIONAL DE SUA AUTORIA



O Senador Geraldo Melo (PSDB-RN) ocupou a tribuna para pedir apoio à emenda constitucional de sua autoria que concede ao Senado Federal o poder de retirar, a qualquer tempo, a aprovação de nomes de autoridades antes concedida pela Casa. De acordo com a proposta, o Senado poderá destituir governador de território, presidente e diretores do Banco Central, procurador-geral da República e titulares de cargos que a lei assim determinar. Ficam de fora os cargos ocupados por autoridades nomeadas em caráter vitalício, como no caso do Poder Judiciário.Para o senador, a participação do Senado na escolha de nomes para cargos executivos não tem passado de um procedimento meramente ritual, pois o requisito da aprovação somente é aferido no momento inicial da investidura dos escolhidos. Após esse trâmite legal, as autoridades referendadas pelo Senado começam a exercer as suas funções e, muitas vezes, se afastam da linha de ação, das condutas e dos procedimentos firmadas nas sabatinas e que serviram de base à manifestação favorável da Casa."O projeto tem por base transformar a aprovação do Senado Federal em um requisito a ser diligentemente preservado pelo nomeado, enquanto persistir a sua investidura no cargo", salientou Geraldo Melo certo de que, se a matéria estivesse em vigor desde o início do ano, muitos problemas poderiam ter sido evitados, por exemplo, no Banco Central, já que os dirigentes daquele instituição teriam uma maior interação com o Senado, sendo mantida a transparência em todas as decisões.O senador Edson Lobão (PFL-MA) manifestou-se favorável à proposta de emenda constitucional lembrando que a medida serve como uma espécie de freio para quem exerce cargos com a anuência do Senado. TARIFA SOCIAL Na mesma oportunidade, Geraldo Melo também pediu apoio para projeto de sua autoria que institui a tarifa social de energia elétrica para consumidores de baixa renda. De acordo com o projeto, a tarifa social será de R$ 2,00 fixos por mês, pelo prazo de cinco anos. Terão direito a esta tarifa os beneficiários de programas de eletrificação domiciliar executados por governos estaduais ou municipais e os consumidores que demonstrem um pagamento continuado de até R$ 5,00 por mês durante pelo menos seis meses.Também serão beneficiados os consumidores servidos por empresa distribuidora de energia elétrica que tenha sido privatizada a partir de l996, ou pela sua sucessora, e que pagavam até R$ 5,00 mensais no período anterior à privatização.Geraldo Melo argumentou que famílias carentes estão tendo dificuldades para pagar suas contas devido aos últimos aumentos registrados principalmente após a privatização das empresas de energia elétrica. Segundo ele, em várias regiões do país, com destaque para o Nordeste, inúmeras famílias passaram a não ter condições financeiras sequer de pagar as ligações elétricas. E mais: com a instalação dos medidores - relógios que marcam o consumo de energia - algumas delas foram surpreendidas com aumentos incompatíveis com a sua renda familiar.O senador Lauro Campos (PT-DF), em aparte, disse que as privatizações estão prejudicando os consumidores de baixa renda fazendo surgir um novo fenômeno nas comunidade carentes: os apagões involuntários.

04/06/1999

Agência Senado


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