MENDONÇA DE BARROS PRESTA DEPOIMENTO POR MAIS DE QUATRO HORAS NO SENADO



Durou mais de quatro horas o depoimento do ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, nesta quinta-feira (dia 19) no plenário do Senado. O ministro compareceu, por iniciativa própria, para prestar esclarecimentos sobre suspeitas de irregularidades no processo de privatização do sistema Telebrás, surgidas a partir de gravações de conversas telefônicas entre ele e integrantes do governo federal. Mendonça de Barros foi argüido por dez senadores de diversos partidos. Em seu depoimento, o ministro disse que as privatizações transcorreram de forma regular e com ampla participação de grupos nacionais e estrangeiros, negando ter favorecido o consórcio composto pela Itália Telecom, Previ e Banco Opportunity.O líder do governo no Congresso Nacional, senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), defendeu a continuidade das investigações pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, com a fiscalização do Congresso. Já o senador Roberto Requião (PMDB-PR) reafirmou a necessidade de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para esclarecer a atuação do governo na privatização da Telebrás. Para o senador Pedro Simon (PMDB-RS), o ministro deveria renunciar ao cargo.A sessão foi presidida pelo senador Antonio Carlos Magalhães e falaram ainda os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Hugo Napoleão (PFL-PI), Jáder Barbalho (PMDB-PA), Sérgio Machado (PSDB-CE), Ademir Andrade (PSB-PA), Jefferson Péres (PSDB-AM) e José Eduardo Dutra (PT-SE).

19/11/1998

Agência Senado


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