MENDONÇA DE BARROS SE OFERECE PARA DEPOR NO SENADO FEDERAL



O ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, enviou nesta terça-feira (dia 17) de Nova Iorque (EUA), onde se encontra, ofício em que solicita ser convocado pelo Senado Federal para prestar esclarecimentos relativos às notícias veiculadas pela imprensa sobre o processo de privatização do Sistema Telebrás. O ofício foi enviado ao presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, que imediatamente aceitou a oferta e marcou a oitiva para a próxima quinta-feira (a 19), às 10 horas.O ministro enfatizou, no comunicado, a gravidade com que se reveste a matéria, justificando seu interesse em se oferecer para prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários. A iniciativa do ministro foi elogiada pelo líder do Bloco Oposição, senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Não foi suficiente, no entanto, para impedir que o senador entregasse à Mesa seu requerimento sugerindo uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis irregularidades no processo de privatização das estatais.Suplicy afirmou que Mendonça de Barros, assim como o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), André Lara Rezende, praticaram ações que "de maneira alguma poderiam ser consideradas como adequadas". O parlamentar questionou como esses dirigentes poderiam conhecer, com antecedência, as propostas dos concorrentes para o leilão de privatização, uma vez que essas propostas estavam em envelopes lacrados que somente deveriam ser abertos no dia da venda.Segundo Suplicy, vários juristas questionaram o comportamento dos dirigentes do governo. De acordo com o senador, esses juristas apontaram inúmeros descumprimentos de normas legais, como a Lei 8.666/93, a lei das licitações, e a 8.429/92, que define os crimes de improbidade administrativa. O senador afirmou que a CPI já obteve o apoio de todos os líderes da oposição e conclamou as lideranças dos partidos que dão sustentação ao governo que fizessem o mesmo.

17/11/1998

Agência Senado


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