Mercadante afirma que viagem de Lula a Londres foi um êxito de política externa
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), rebateu críticas da oposição ao -estilo demasiadamente descontraído- do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua viagem a Londres, citando palavras do diretor da London School of Economics (LSE), Anthony Giddens, segundo o qual Lula -impressionou favoravelmente professores e estudantes, sendo um líder capaz de mudar o Brasil e o mundo-.
Para Mercadante, a política externa foi o setor que mais avançou nesses meses de governo Lula. Ele citou o resgate da democracia na Venezuela, a recomposição do Mercosul e da relação com a Argentina, bem como o resgate do bom entendimento com o Pacto Andino como provas eloqüentes desse êxito.
Mercadante afirmou que a força de Lula é representar o novo e a cara da maioria do povo brasileiro. Ele comparou a novidade que representou o governo de Nelson Mandela na África do Sul, que conseguiu acabar com o apartheid racial, com o que Lula fará no Brasil, acabando com o apartheid social.
Para o líder, as relações entre Brasil e os Estados Unidos vão bem, depois da reunião de cúpula entre os dois países incluindo a participação de ministros, a primeira que acontece na história da política externa brasileira.
- É verdade que Lula deixou claro não aceitar o fim do multilateralismo que o governo Bush quis impor, com a guerra do Iraque contrariando as decisões das Nações Unidas. Trabalharemos para integrar o Conselho de Segurança, porque temos 150 anos de paz com os vizinhos para apresentar como credencial. O mundo se prepara para dar nova importância às Nações Unidas e o primeiro-ministro Tony Blair já manifestou apoio à nossa pretensão - concluiu Mercadante.
Em aparte, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) voltou a dizer que Lula deve falar menos e de maneira mais ponderada.
- Sua estratégia de discursar como uma metralhadora giratória, atingindo a todos, pode parecer vitoriosa, mas para mim é perigosa - afirmou.
Também em apartes, os senadores Mão Santa (PMDB-PI) e Roberto Saturnino (PT-RJ) defenderam o governo Lula.
15/07/2003
Agência Senado
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