Mercadante exalta política externa e popularidade do presidente Lula
Em meio às críticas à viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Oriente Médio, o líder do governo no Senado, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), procurou exaltar a política externa brasileira como promotora da inserção soberana do país no contexto político-econômico internacional. E, após listar algumas conquistas obtidas pelo governo em 2003, tratou de destacar os índices de popularidade do presidente Lula, divulgados em pesquisa do Ibope, ao final do primeiro ano da gestão petista.
Mercadante afirmou que a tradição de uma política externa submissa, herança do tempo colonial, foi substituída por uma postura que exalta o peso econômico, político e demográfico do Brasil e procura firmá-lo como uma grande nação. Nessa perspectiva, a diplomacia brasileira reconhece a Organização das Nações Unidas (ONU) como o fórum apropriado de resolução de conflitos internacionais, por entender que o multilateralismo fortalece a democracia e a estabilidade política no plano externo.
Ao comentar a viagem do presidente Lula ao mundo árabe, Mercadante apontou a opinião -equivocada- daqueles que acham que, por questão de princípio, o Brasil não pode aprofundar suas relações bilaterais. Para desfazer a impressão de que o episódio teria arranhado as relações com os Estados Unidos, fez questão de comentar recente telefonema do presidente George Bush parabenizando o presidente Lula pelo primeiro ano do governo.
Quanto ao comércio externo, o líder governista destacou o recorde histórico nas exportações em 2003, com saldo de US$ 23,5 bilhões na balanço comercial. Só nesta missão diplomática ao Oriente Médio, observou que foram fechados investimentos da ordem de US$ 250 milhões. Em relação ao Mercosul, realçou a adesão do Peru e os esforços do atual governo para consolidar o bloco econômico.
Na sua opinião, essas conquistas deveriam ser saudadas como -ato de soberania e inteligência diplomática-. Sobre a pesquisa do Ibope, ressaltou o percentual de 41% de pessoas que acharam o primeiro ano governo Lula bom ou ótimo, índice mais elevado que o obtido ao final do primeiro ano de mandato de Sarney (36%), Collor (30%) e Itamar Franco (13%).
17/12/2003
Agência Senado
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