Mercadante defende PAC, mas pede mudanças na política monetária



O senador Aloizio Mercadante (PT-SP), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e autor, assim como o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), de requerimento para a realização da reunião que discutiu o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nesta terça-feira (13), afirmou que o programa está na direção certa, pois estabelece prioridades, abre o debate e gera um novo padrão de investimento público para alavancar o crescimento do país. Mas frisou que não haverá crescimento de 5% da economia, como o previsto, se não houver uma inflexão na política monetária.

- O governo precisa estar atento à questão do câmbio - disse

Ele pediu atenção também para o fluxo de entrada de capitais, que está levando à valorização do real, o que acaba afetando setores como o agrícola. A indústria brasileira, observou, sofre com a concorrência chinesa. No caso da indústria calçadista, as importações cresceram mais de 100% e o emprego caiu 13%. A entrada de produtos têxteis sem fiscalização, também provenientes da China, é outro ponto que prejudica a economia brasileira.

- Temos que discutir tarifas em setores específicos, precisamos de políticas específicas - lembrou.

Mercadante pediu ainda modificações no Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), para que deixe de ser utilizado somente "para o superávit primário" e permita o acesso à informática de 42 milhões de crianças, financiando um programa de "grande alcance social". A audiência para discutir o PAC deve continuar em outra ocasião, com a presença dos ministros, segundo avaliou o senador por São Paulo.



13/03/2007

Agência Senado


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