Mercadante quer apuração rigorosa de denúncias pela Polícia Federal e Ministério Público
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse nesta terça-feira (17) que seu partido quer que o episódio envolvendo o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, Waldomiro Diniz, seja apurado "com todo o rigor da lei e com toda a eficácia que tem demonstrado a Polícia Federal e o Ministério Público".
Mercadante ressaltou, no entanto, que o fato ocorreu há dois anos e disse que até agora não há nenhum indício de que ato ilícito tenha sido praticado durante a gestão do PT. Ele afirmou também que não foi procurado por nenhum senador ou qualquer outra pessoa até o momento para ser alertado sobre irregularidade na conduta de Waldomiro Diniz.
- Não tínhamos conhecimento desse procedimento há dois anos e, se tivéssemos, ele não teria sido nomeado para o que quer que seja nesse governo. E quem tinha essa informação, por que não denunciou? Prevaricou sim. É crime. Quem possuía aquelas informações e não recorreu às autoridades públicas, não deu conhecimento à opinião pública, não encaminhou aos instrumentos competentes para apurar aquele episódio? Nós queremos saber quem era. Nós poderíamos ter evitado o risco que esse governo corre desse indivíduo ter praticado outro ato ilícito no exercício da sua função, ainda que não haja nenhum indício até o momento nessa direção - afirmou.
Mercadante advertiu ainda que "toda ação conduz a uma reação" e que o governo poderá apoiar a instalação, na Câmara dos Deputados, de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a privatização do setor elétrico e, no Senado, da CPI dos cartões do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ele reforçou também a decisão da bancada do partido no Senado, divulgada na manhã desta terça, segundo a qual o Congresso deve continuar implementando uma "agenda positiva" de trabalho, com prioridade para votação da reforma política e do financiamento público de campanhas eleitorais.
17/02/2004
Agência Senado
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