Mesquita Júnior critica reportagem da revista IstoÉ com denúncia de ex-assessora



O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) criticou reportagem da revista IstoÉ desta semana sobre denúncia da ex-chefe do seu escritório em Sena Madureira (AC) Maria das Dores Siqueira da Silva que o acusou de apresentar notas fiscais frias ao Senado para obter vantagens pessoais. Além de negar a acusação, Mesquita Júnior disse ter sido extorquido e ameaçado pela ex-assessora, conhecida como Dóris, ao exonerá-la do cargo.

Em carta escrita e assinada de próprio punho, "Dóris" teria pedido R$ 50 mil ao senador para não falar mais nada sobre o caso, chantagem à qual Mesquita Júnior disse não ter cedido.

O senador considerou o episódio como "uma tentativa de linchamento político, moral e pessoal" e insinuou a participação de integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) - pelo qual foi eleito para o Senado - e do governo do Acre. Ele lembrou que as denúncias foram iniciadas após seu rompimento com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Mesquita Júnior enquadrou essa denúncia dentro de um suposto "plano macabro" com o objetivo de desmoralizá-lo e destruí-lo. Segundo o senador, o plano incluiria ainda acusações de assédio sexual, pedofilia e consumo de drogas, com a colocação de cocaína em seu carro. O plano teria ainda o objetivo de influenciar os membros do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, onde corre processo contra ele por denúncia de apropriação indevida de 40% do salário de seus servidores para cobrir despesas de escritórios políticos no Acre.

- Entrego tudo a Deus. É melhor ser alvo de injustiça do que ser seu agente. Tenho certeza absoluta de que, em breve, a gente vai conseguir provar como isso está sendo urdido - declarou.

Em aparte, os senadores José Jorge (PFL-PE), José Agripino (PFL-RN), Ney Suassuna (PMDB-PB) e Arthur Virgílio (PSDB-AM) expressaram sua solidariedade a Mesquita Júnior. Enquanto os pefelistas endossaram a versão de envolvimento do PT e do governo Lula no episódio, Suassuna afirmou que as explicações do representante do Acre ao Conselho de Ética fulminaram as acusações contra ele. Arthur Virgílio considerou a denúncia uma "acusação pessoal e ressentida" e a matéria da IstoÉ um "café requentado".

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que a IstoÉ deve ouvir e publicar a versão do senador para total esclarecimento do caso. Já o senador Sibá Machado (PT-AC) considerou uma injustiça as insinuações feitas por Mesquita Júnior contra o PT e o atual governo. O presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou que o peemedebista do Acre se porta com dignidade em todas as instâncias da Casa.

Mesquita Júnior também aproveitou a oportunidade para registrar a edição de três livros, patrocinada por seu gabinete com o apoio da Gráfica do Senado, sobre Euclides da Cunha e assuntos de interesse do Acre.



04/12/2006

Agência Senado


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