Mesquita Júnior rebate críticas de ministros ao Senado
O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) defendeu os senadores de acusações feitas, nos últimos dias, pelos ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, e da Previdência e Assistência Social, Luiz Marinho. As críticas ocorreram depois que o Senado aprovou um projeto de lei que estende a benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) os reajustes reais dados ao salário mínimo (PLC 42/07) e outro que extingue o "fator previdenciário" (PLS 296/03) no cálculo de aposentadorias e pensões. Enquanto Paulo Bernardo disse que os senadores tinham sido "irresponsáveis", Luiz Marinho afirmou que eles estavam sendo "enganadores".
- Estou revoltado com esses dois ministros. São vira-casacas, pois, até outro dia, eles defendiam reajustes reais para os aposentados e o fim do fator previdenciário. Eles estão agredindo o Senado, com o objetivo de enfraquecer o Congresso - avaliou.
Mesquita Júnior acredita que, ao enfraquecer o Congresso, os ministros estão trabalhando uma estratégia para levar "a sociedade a abraçar a tese do terceiro mandato para o presidente Lula". Acrescentou que, na sua opinião, o PT vai esperar as eleições municipais de outubro para, depois, deslanchar sua campanha pelo terceiro mandato.
O déficit da Previdência Social, invocado pelos ministros para combater as duas iniciativas, seria "uma fantasia", na opinião do senador pelo Acre. Segundo argumentou, "se há déficit da Previdência, isso se deve à exagerada corrupção e à exagerada sonegação" de contribuições previdenciárias.
- Não me arrependo em nada de ter votado a favor dos dois projetos. Votaria novamente. Tomara que os deputados confirmem os dois projetos - acrescentou.
Mesquita Júnior foi apoiado, em aparte, pelos senadores do DEM Heráclito Fortes (PI) e José Agripino (RN). O senador Paulo Paim (PT-RS) - autor do PLS 296/03 e de emenda ao PLC 42/07 estendendo o reajuste do salário mínimo aos benefícios previdenciários - disse ter recebido apoio de centrais sindicais e de federações de trabalhadores nesse episódio.
17/04/2008
Agência Senado
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