MOREIRA MENDES REPUDIA PREVISÕES CATASTRÓFICAS PARA AMAZÔNIA
- Não posso admitir a hipótese de cancelamento desses investimentos, pois a região tem cerca de 19 milhões de habitantes que dependem da ação do governo para assegurar alternativas de sobrevivência. Ao contrário do que prevê a reportagem, a suspensão desses investimentos sim, poderá significar maior pressão sobre a floresta, por falta de outras alternativas econômicas que poderão surgir - protestou o senador.
Moreira Mendes disse que a reportagem dá um destaque especial e tendencioso à atuação da atividade madeireira, afirmando que os madeireiros retiram a madeira e depois partem para uma área nova, deixando a terra arrasada. O senador garantiu que, na maioria das vezes, ocorre exatamente o contrário e que a imprensa considera o madeireiro, erroneamente, como o grande responsável pela devastação das florestas, "o verdadeiro bicho papão que come criancinhas".
Ernandes Amorim (PPB-RO) lembrou que foi um assentado em Rondônia, quando governo fez uma convocação para que as pessoas ocupassem o novo estado. Ele afirmou que os interesses internacionais é que impedem o desenvolvimento econômico da Amazônia, acrescentando que o Congresso Nacional deveria analisar essa questão para não acabar expulsando quem lá reside. Amorim defendeu a exploração da floresta selva e manifestou apoio aos madeireiros.
O senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM) disse que as notícias escandalosas não servem aos interesses nacionais e da Amazônia. Ele lembrou a importância da implantação de hidrovias e a ampliação da malha rodoviária na região, constantes do Programa Avança Brasil, e lamentou que o governo não tenha colocado a verba correspondente no orçamento.
Como forma de reverter o quadro de incompreensão para com a atividade de base florestal, Moreira Mendes informou que a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia, em parceria com o Sebrae/RO, elaborou o um estudo para o fortalecimento do setor madeireiro e uma campanha publicitária que tem como slogans: "Florestas: Quem depende de mim não quer o meu fim" e "Não é porque se corta que não se importa".
29/11/2000
Agência Senado
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