MORTE DE LUÍS EDUARDO ENCHE O PLENÁRIO DE TRISTEZA



Reunido esta manhã, o Senado aprovou dois requerimentos para reverenciar a memória do deputado Luís Eduardo Magalhães, morto no último dia 21. Encabeçados por Geraldo Melo (PSDB-RN) e Hugo Napoleão (PFL-PI), os requerimentos foramaprovados com os seguintes objetivos: inserir em ata voto de profundo pesar pela morte do deputado; apresentar condolências à família e ao estado da Bahia; observar-se um minuto de silêncio em sua memória; e cancelar-se a sessão.

No encaminhamento da votação, os senadores exprimiram a tristeza decorrente da morte do deputado, solidarizando-se com a dor enfrentada pelo presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães. Josaphat Marinho (PFL-BA) disse que, com essa morte, o presidente do Legislativo "perde a luz que iluminava seus passos na política". Líder do governo no Senado, Elcio Alvares (PFL-ES) observou que Antonio Carlos Magalhães perdeu o filho que "era seu projeto de vida".

Elcio Alvares ressalvou que o presidente do Congresso ainda tem muito a dar ao país, devendo, portanto, reassumir suas funções e trabalhar com afinco em respeito à memória do filho. Falando em nome do PFL, o senador Francelino Pereira (MG) exprimiu sua dor dizendo que "essa é uma perda que aumenta nossa responsabilidade para com o futuro".

Entre as qualidades do deputado morto, Artur da Távola (PSDB-RJ) apontou a lealdade - "regra básica da política, pois implica cumprir a palavra dada". O senador Esperidião Amin (PPB-SC) disse que a dor decorrente dessa morte "ultrapassa o âmbito familiar para atingir todo o cenário nacional". E Ademir Andrade (PSB-PA) disse torcer para que Antonio Carlos Magalhães reúna forças para superar esse sofrimento.

O senador Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB) exprimiu sua amargura, afirmando não saber quem havia morrido mais - "se o filho de olhos fechados, ou o pai com as chagas abertas". Líder do Bloco Oposição, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) testemunhou a seriedade com que Luís Eduardo exercia a política e honrava a palavra empenhada.

"Vivemos dias de tristeza", lamentou o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), resumindo os sentimentos que dominavam o plenário. Todos os oradores louvaram a personalidade do morto, lamentaram a interrupção de sua carreira e solidarizaram-se com a dor do seu pai e dos baianos que choraram a perda daquele que, conforme indicavam as pesquisas de opinião, seria o próximo governador da Bahia.



23/04/1998

Agência Senado


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