SENADORES DIZEM-SE ATORDOADOS COM MORTE PRECOCE DE LUÍS EDUARDO
O choque e o atordoamento marcaram a reação dos senadores diante da morte do líder do governo na Câmara, deputado Luís Eduardo Magalhães, ocorrida ontem. Vários senadores comentaram hoje (dia 22) a interrupção precoce de uma vocação política que, segundo frisaram,fará falta ao país.
Ao lamentar a perda do amigo e do homem público, o senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) disse: "Ele tinha uma grande vocação política. Vai fazer falta, porque era uma esperança dentro da política nacional. É uma grande perda, pelas qualidades que ele tinha."
O senador Gilberto Miranda (PFL-AM), por sua vez, considerava Luís Eduardo "uma pessoa excepcional, o mais promissor político brasileiro e, sem dúvida nenhuma, o mais sério."
Se há momentos em que as divergências se apagam, enfatizou a senadora Emília Fernandes (PDT-RS), um deles com certeza é o da morte: "É um grande choque, um acontecimento inesperado, e mostra que a vida é muito frágil. Tanto os políticos da oposição quanto os do governo estão sofrendo, lamentando. O sofrimento da família, do pai, que tinha a expectativa de um futuro promissor para o filho, invade o coração de todo o povo brasileiro."
Para o PFL, conforme Guilherme Palmeira (PFL-AL), a morte de Luís Eduardo é motivo de atordoamento, "pela falta que vai fazer, como amigo, e pelo que significa para nós, um jovem no qual nós estávamos investindo para 2002, que seria governador da Bahia e daria uma grande contribuição ao PFL.Todos estamos chocadíssimos e machucados".
Luís Eduardo, lembrou a senadora Marluce Pinto (PMDB-RR), ganhou projeção nacional por seu trabalho na Assembléia Nacional Constituinte, onde revelou sua capacidade de relacionar-se muito bem com todos os colegas, de todo o espectro partidário. "Já tínhamos até a certeza, todos nós, de que em 2002 ele seria um forte candidato à presidência da República. Dificilmente ele será substituído", afirmou.
22/04/1998
Agência Senado
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