Mozarildo comenta novos detalhes do caso do avião francês



O possível desconhecimento do comando das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) da operação de resgate da senadora colombiana Ingrid Betancourt, que teria sido tramada por agentes secretos franceses, é mais um elemento que justifica a investigação do episódio pela Comissão de Relações Exteriores do Senado. A opinião é do senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR), que apresentou requerimento para que sejam ouvidos o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o embaixador da Colômbia no Brasil a respeito do ingresso no Brasil de avião militar francês, que seria utilizado no resgate da senadora colombiana, refém das Farc há mais de um ano.

Mozarildo trouxe a Plenário comunicado atribuído ao comando da guerrilha colombiana, no qual as Farc afirmam desconhecer qualquer negociação com os franceses para a troca da refém por armas, conforme levantado por reportagem da revista Carta Capital. Os guerrilheiros dizem que o episódio foi obra da inteligência militar colombiana. Os governos da Colômbia e do Brasil dizem não ter sido avisados da operação francesa, mas, de acordo com a irmã de Ingrid Betancourt, o governo brasileiro tinha conhecimento do episódio.

Diante das versões discrepantes, o senador disse ser fundamental que o Senado participe da apuração do episódio que, segundo ele, feriu a soberania nacional brasileira.

- É preciso investigar, se não estaremos à mercê de jogadas subalternas, onde não há intenção humanitária, feita à revelia de tudo e de todos. É necessário que a Comissão de Relações Exteriores tome providências para esclarecer o Senado e a nação - disse o senador.



30/07/2003

Agência Senado


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