Mozarildo defende inclusão da Amazônia na agenda nacional



O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) defendeu, nesta sexta-feira (12), a inclusão dos problemas sociais da Amazônia como uma das prioridades na agenda nacional. O senador ressaltou que são quase 24,5 milhões de pessoas que vivem na região - muitas em condições precárias.

Para ele, o desenvolvimento da Amazônia requer investimentos "pesados" em educação, uma vez que a região concentra a população mais jovem do país - 9,2 milhões de crianças e adolescentes de até 17 anos. Mozarildo também defendeu a regularização fundiária da região como medida para incentivar o desenvolvimento.

O senador informou que, segundo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), apresentado nessa terça-feira (9), em 2006, 160 mil crianças entre sete e 14 anos estavam fora da escola nos estados da Amazônia Legal - Amazonas, Acre, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do estado do Maranhão. O documento também aponta que o percentual de pobreza das crianças e adolescentes nessa região é de 61%, enquanto que o indicador para o Brasil é de 50%.

- O que queremos é tirar da Amazônia mitos, crendices e ideologias e passar a Amazônia a limpo, do ponto de vista humano, científico e tecnológico, e colocá-la na agenda nacional. Não desqualificando a preocupação com árvores, rios e animais, mas colocar também esses brasileiros de todas as idades [nas preocupações governamentais] - disse Mozarildo, ao enfatizar que o Governo tem a obrigação constitucional de eliminar as desigualdades regionais.

O senador também criticou a atriz Christiane Torloni, que coleta assinaturas para o manifesto "Amazônia Para Sempre", em prol da defesa da floresta amazônica. Ele disse que o modo como se pretende preservar a Amazônia não possibilita seu desenvolvimento.

- Deve ter sido algum entendido de Amazônia, que mora em Copacabana, que mora lá em Ipanema, que mora na avenida Paulista, que passou esse script para ela. E ela, como boa atriz, está interpretando, no meu entender, de maneira esquizofrênica. O que querem fazer é colocar um preservativo sobre a Amazônia e não permitir que a Amazônia vá para frente. É isso que querem. E eu não posso aceitar, como homem que nasceu em Roraima - disse o senador.



12/06/2009

Agência Senado


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