Mozarildo quer mais atenção para universidades públicas de estados carentes



O senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) protestou contra iniciativa do Ministério da Educação de autorizar a contratação de apenas oito professores pela Universidade Federal de Roraima, enquanto o pedido do reitor era de 120 contratações. A Universidade tem 5 mil alunos. Na opinião de Mozarildo, o governo federal, que autorizou a contratação de 2.000 professores em todo o país, deveria priorizar as universidades dos estados mais pobres e carentes. O senador pediu que o ministro Paulo Renato Souza reveja sua decisão e priorize as universidades mais novas, sem esquecer as maiores.

- A Universidade Federal de Roraima foi implantada em 1990, está começando sua vida. Com essa atitude, o ministério está prejudicando quem mais precisa de ajuda. Dessa forma, o pobre vai ficar cada vez mais pobre, e o rico cada vez mais rico - afirmou.

Na opinião do senador, a consolidação das universidades públicas do Norte deveria ser estimulada, até para atrair alunos excedentes do Sul e Sudeste. Além de negar as contratações, o ministério autorizou a instalação de duas instituições particulares em Roraima. Para Mozarildo, a atitude do ministério assina o óbito da Universidade Federal de Roraima, cujo curso de Direito funciona com auxílio de professores voluntários.

Em aparte, o senador Mauro Miranda (PMDB-GO) associou-se ao discurso de Mozarildo, dizendo que a situação é semelhante em Goiás. "É impressionante o descaso com a universidade federal", disse. O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) afirmou que a universidade pública deve ser padrão de ensino e por isso precisa ser valorizada.

05/06/2001

Agência Senado


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