NABOR DIZ QUE VAI LUTAR PARA SALVAR O BANACRE
A crise financeira e operacional por que passa o Banco do Estado do Acre (Banacre) foi comentada hoje (dia 21), em plenário, pelo senador Nabor Júnior (PMDB-AC), ao afirmar que não vai esmorecer na luta para salvar a instituição que, segundo disse, cumpriu ao longo de mais três décadas, a grande maioria das metas estabelecidas quando de sua fundação.
- A liquidação do Banacre seria, literalmente, uma sentença de morte para princípios elementares, como o respeito social e o incentivo à integração nacional. Seria uma insensatez e uma simplificação absurdas, danosas ao interesse coletivo e alheias às necessidades dos brasileiros - disse.
Conforme Nabor Júnior, a realização de operações de crédito sem os devidos cuidados em relação a viabilidade para cobrança, cobertura econômica e outras garantias, acabaram a estabilidade e a solidez do Banacre. A situação do banco é, conforme assinalou, "de inviabilidade quase absoluta, à luz das rotinas bancárias", correndo risco de privatização ou até mesmo fechamento das agências.
O senador pediu ao governo acreano que divulgue a relação dos devedores do Banacre e que a Procuradoria-Geral do estado tome medidas no sentido de "cumprir sua missão de processar e punir quem tiver contribuído para perda tão grave, tão nociva aos interesses coletivos".
Nabor citou ainda editorial do jornal A Gazeta, de Rio Branco, que "expõe à execração pública uma casta de marajás ou parasitasque não paga o banco, não paga energia, água e outros serviços, escorados no apadrinhamento". Ainda mencionado o editorial, Nabor Júnior disse que "o povo acreano não pode assistir passivamente ao fechamento do banco enquanto esses verdadeiros caloteiros sejam recompensados com a mais deslavada impunidade". Em aparte, o senador José Bianco (PFL-RO) lembrou a situação enfrentada pelo Banco do Estado de Rondônia (Beron).
21/11/1997
Agência Senado
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