Observatório do Trabalho detecta aumento de 35% no emprego em SP



Nova ferramenta de diagnóstico na área trabalhista foi desenvolvida pela Fundação Seade, Dieese e Secretaria Municipal do Trabalho

O emprego formal cresceu 35% na cidade de São Paulo em 2007, com a criação de 234.450 novos postos de trabalho. Este é um dos dados apurados pelo Observatório do Trabalho, ferramenta de diagnóstico e planejamento desenvolvida pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos (Dieese), o Ministério do Trabalho e Emprego e a Secretaria Municipal do Trabalho de São Paulo, a pedido desta. Com a metodologia criada é possível a divulgação de indicadores inéditos sobre o mercado de trabalho da capital e, pela primeira vez, a cidade terá sua própria taxa de desemprego.

A partir do Observatório, será possível também entender com clareza os detalhes do mercado de trabalho da maior cidade do País. Até então, os dados disponíveis referiam-se a toda região metropolitana, com seus 39 municípios. Por meio da Pesquisa Municipal de Emprego e Desemprego (PED Municipal), por exemplo, observou-se que, no ano passado, o setor da construção civil foi o que registrou a maior alta na geração de empregos formais: 159,30%. Em seguida aparece o setor industrial, com 30,6%. O comércio cresceu 22,20% e o setor de serviços exibiu o menor crescimento, com aumento de 15,4% nas contratações. Mas, apesar do resultado, é o setor com o maior número de trabalhadores.

O trabalhador ficou, em geral, menos tempo desempregado em 2007 em relação a 2006. Em 2007 foram gastas, na média, 44 semanas para encontrar um novo emprego. Em 2006, precisava de 47 semanas. Esses números representam a evolução do emprego na maior cidade do Brasil. Estima-se que a população residente no município de São Paulo, a partir dos dados do Censo de 2000, seja de 10,8 milhões de pessoas. A População em Idade Ativa (PIA), é estimada em 8,9 milhões de pessoas e a População Economicamente Ativa (PEA), em 5,7 milhões.

A PEA é composta por 52,5% de homens e de 47,5% de mulheres. É uma força de trabalho relativamente jovem, com 62,5% na faixa etária de 16 a 39 anos, cujo nível de instrução situa-se entre fundamental completo e superior incompleto. Em termos étnicos, 34% são negros e 65,9% são não-negros.

Outro dado importante na pesquisa foi o aumento na contratação de pessoas na com idade entre 40 e 49 anos em 2007 em relação a 2006. O crescimento foi de 182,5%. Esses trabalhadores passaram a ter participação de 6% em relação ao total de empregados em 2007. No ano anterior, eram 2,8%. O fenômeno também foi registrado na faixa etária entre 30 e 39 anos. De 11,30% para 13,5% do total de trabalhadores empregados. Nas faixas mais baixas não houve variação significativa. Esse é um sintoma de que a economia em crescimento está levando ao recrutamento de mão-de-obra com maior experiência profissional.

Da Agência Imprensa Oficial

(M.C.)



02/02/2008


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