ONU deve fixar prazo-limite ao Iraque









- ONU deve fixar prazo-limite ao Iraque

- O Conselho de Segurança das Nações Unidas começou a preparar uma nova resolução apresentando um ultimato ao Iraque para que aceite a volta de inspetores de armas ao país.

O presidente dos EUA, George W. Bush, disse esperar que o órgão estabeleça um prazo de "dias ou semanas, e não meses ou anos", para que o Iraque cumpra as determinações estabelecidas após a Guerra do Golfo (1991).

Segundo o chanceler britânico, Jack Straw, representantes dos cinco membros permanentes do conselho (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China) concordaram em estipular um prazo-limite.
O governo de Bagdá, porém, voltou a rejeitar a idéia de aceitar o retorno incondicional dos inspetores de armas para a eliminação de seus arsenais químicos, biológicos e nucleares.

Bush pressiona a ONU em busca de legitimidade internacional para sua planejada ofensiva militar contra o Iraque, novo alvo de sua guerra contra o terror, e ameaça adotar medidas unilaterais contra o país.

O vice-primeiro-ministro iraquiano, Tareq Aziz, disse que o Iraque dará "uma lição" aos EUA caso haja um ataque norte-americano. "Não aceitamos as condições de Bush", afirmou Aziz. (pág. 1 e A9)

- O presidenciável José Serra (PSDB) não declarou à Justiça Eleitoral, desde 1994, participação em uma empresa que criou para dar palestras, com um capital social de R$ 2.000.

A sede ficava em imóvel de empresa de Gregório Marin Preciado, casado com prima do tucano e sob investigação do Ministério Público Federal.

A omissão não constitui crime eleitoral, se a informação não declarada não for prejudicial à sociedade. O candidato diz que declarou a empresa à Receita Federal e que desfez a sociedade em 2000. (pág. 1 e cad. Esp. Pág. 4)

- A Bolsa de Valores de São Paulo recebeu R$ 126,487 milhões em investimentos estrangeiros nos dez primeiros dias de setembro. Há quatro meses, a Bovespa registra fuga
de capital externo. No acumulado do ano, o saldo da conta é negativo em R$ 1,525 bilhão.

Para analistas, porém, a volta dos investidores externos pode estar associada a fatores pontuais, como o crescimento do candidato governista ao Planalto, José Serra (PSDB), nas pesquisas e a busca por ações da Petrobras, devido à alta do preço do petróleo. (pág. 1 e B1)

- A prefeita Marta Suplicy (PT) vetou todas as mudanças de zoneamento que constavam do Plano Diretor de São Paulo, inclusive as alterações feitas por emendas anônimas de vereadores em 11 localidades.

Pressionada por especialistas e moradores, Marta disse que o plano não é lugar de emenda de zoneamento. Os vereadores têm ainda a possibilidade de derrubar os vetos da prefeita, o que não deve ocorrer. (pág. 1 e C6)

- Apontado como líder da rebelião que eliminou rivais do Comando Vermelho em Bangu 1, o traficante "Fernandinho Beira-Mar" foi transferido para o BPChoque da Polícia Militar do Rio, com escolta de 20 carros, oito motos e um helicóptero com atiradores de elite.

Com a mudança, houve temor de novas rebeliões em todo o complexo de Bangu, e a polícia reforçou a segurança.

Também foram transferidos outros líderes do CV. Segundo o governo, todos voltarão a Bangu em 15 dias. Advogado de "Beira-Mar" disse que ele dormia no momento da rebelião.

O CV começou a agir para tomar redutos de Ernaldo Pinto de Medeiros, o "Uê", morto na rebelião. De madrugada, houve tentativa de invasão do morro do Adeus, onde houve tiroteio. (pág. 1, C1 e C3)

- O estudante Luiz Felipe do Paraná Fischer, de 17 anos, foi baleado e morto na madrugada de ontem em frente ao ginásio da Unicamp, no momento em que ocorria o show do Titãs. (...) (pág. 1 e C4)

- A Polícia Federal prender com 49 quilos de cocaína pura o secretário de Administração de Amambaí (MS), Cleomar Dutra Flores, do PMDB.

Segundo a polícia, ele tentou usar a carteira funcional de secretário para evitar a fiscalização em seu carro. Depois, disse que enfrenta dificuldades financeiras e que receberia R$ 15 mil para levar a droga a São Paulo. O secretário, que foi prefeito de Aral Moreira (MS), foi exonerado. (pág. 1 e C4)


Colunistas

PAINEL

O senador Roberto Freire (PPS-PE) acentuou a divisão na cúpula da campanha de Ciro (PPS) ao levar ao ar em seu programa eleitoral críticas a ACM. Candidato a deputado federal, o presidente do PPS disse que sempre lutou contra o pefelista e que o "atraso" não pode voltar.

  • Freire justificou as críticas dizendo não ser aliado de ACM: "Sempre fui contrário a ele no Senado, nossos confrontos são públicos". Ele diz ser contra a aliança de Ciro com o pefelista: "O que ele dá de votos para o Ciro na Bahia tira no resto do País. Ninguém pode me obrigar a dizer que ele é bom aliado".

  • O comitê de José Serra considera que acabou a fase de "paz e amor" com Lula depois que o procurador da República Luiz Francisco preparou ação judicial contra Gregório Preciado (ex-sócio do presidenciável tucano) e Ricardo Sérgio (ex-caixa de campanha de Serra).

  • Os serristas acusam o PT de estar por trás da ação do procurador Luiz Francisco, segundo a qual uma dívida teria sido renegociada pelo Banco do Brasil para beneficiar Preciado. Os tucanos dizem que vão passar a rezar para "Santo André". (pág. A4)


    Editorial

    DEGRADAÇÃO

    A honestidade, que em outros tempos era tida como uma virtude insuspeita, tornou-se, nos dias de hoje, em certos meios sociais, sinônimo de frouxidão na vida prática, de "ser otário", em bom português. Essa mudança de significado é considerada por muitos sintoma da degradação dos costumes.

    É inegável que as coisas pioram - e muito - no Brasil em termos de corrupção, violência e tolerância para com o intolerável. Mesmo fatos absolutamente inaceitáveis já não despertam a indignação que deveriam. Presos encomendam, da cadeia, mísseis, pizzas, chope, assassinatos, e organizam bailes funk. Desnecessário dizer que seguem administrando tranqüilamente suas atividades criminosas, só que sob a guarda do Estado, sem ter de preocupar-se com a polícia. Levam até uma vantagem comparativa sobre seus concorrentes que estão soltos. (...) (pág. A2)


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    09/14/2002


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