Oposição vai buscar, unida, assinaturas para CPI da Corrupção



Os parlamentares de oposição no Senado e na Câmara firmaram posição conjunta de saírem em busca de assinaturas para instalar uma CPI Mista da Corrupção. Por enquanto, o requerimento para tal será o apresentado em julho do ano passado, com o qual PT, PDT, PCdoB e PSB, acompanhados pelo PL, pretendiam investigar autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário envolvidas com as dotações, liberações e desvio de recursos públicos para a construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.

Em outra reunião, prevista para a próxima quarta-feira (dia 14), os parlamentares acreditam que poderão apresentar o texto definitivo que resultar das consultas em prol das assinaturas junto aos partidos da base governista.

A decisão foi anunciada pelo líder do PT na Câmara, Walter Pinheiro (BA), que fez questão de reiterar que o fato mais relevante da reunião foi a unidade oposicionista em torno da defesa de investigações sobre as denúncias recíprocas de corrupção trocadas entre representantes da base governista. Ele lembrou que as denúncias mútuas entre os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Jader Barbalho (PMDB-PA) tiveram início em abril do ano passado.

A unidade oposicionista significa, conforme explicou o líder petista, que o PPS também assinará o pedido de CPI que, nesta quarta-feira (dia 7), conta com o apoio de 109 deputados e 16 senadores. Para a instalação da CPI é necessário coletar o total de 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado. Com a adesão do PPS, o requerimento pela CPI ganhará três assinaturas no Senado e 13 na Câmara.

- Já contamos com umas cinco assinaturas adicionais, faltando de fato seis no Senado - disse o líder do PSB, senador Ademir Andrade (PA), acrescentando que, se os que fazem as denúncias querem de fato investigá-las, devem também assinar o pedido de CPI.

O senador Sebastião Rocha (PDT-AP) também enfatizou que, por enquanto, o fato determinado - desvio de recursos repassados para a construção do TRT-SP - é suficiente para desencadear a coleta de assinaturas que viabilizarão a CPI da Corrupção.

Em favor do requerimento apresentado no ano passado como ponto de partida para ampliar o campo partidário de apoio à CPI, o deputado Walter Pinheiro disse ainda que a CPI da Nike, cujo fato determinado era um contrato comercial, acabou chegando em irregularidades cometidas pelo deputado Eurico Miranda.

07/03/2001

Agência Senado


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