Orçamento de 2001 continua sem acordo entre governistas e a oposição
A decisão do Legislativo de suspender a tramitação do orçamento estadual para 2001 foi o assunto predominante dos discursos na tribuna e provocou o pedido de governista para que a oposição retome a discussão da matéria. O deputado Ronaldo Zulke (PT) lamentou que a maioria da Casa "nega-se a discutir, a deliberar sobre esta que é a principal prerrogativa deste Parlamento, que é a peça orçamentária".
Zulke classificou de aventura a proposta orçamentária apresentada por setores oposicionistas e considerou "uma irresponsabilidade política da oposição, esta postura de negar-se a votar o orçamento, deixando claro qual a sua intenção quando apresentam um conjunto de iniciativas que poderíamos sintetizar como um projeto tampão de orçamento".
Já o deputado Berfran Rosado (PMDB) afirmou que o Governo Olívio Dutra "quer esconder da população o descumprimento de suas promessas". Referindo-se ao orçamento deste ano Berfran disse que "apenas um terço, pouco mais de 30% dos recursos foram efetivamente aplicados, decorridos dez meses de gestão, então se conclui que ou este governo é muito incompetente ou não está preocupado em tranformar a vida das pessoas e melhorar a realidade".
Também o deputado Frederico Antunes (PPB) rebateu as críticas do petista Ronaldo Zulke observando que os governistas não entendem que a oposição está tentando encontrar vias legais para dar condições de governabilidade ao Estado.
Ele lembrou que a Assembléia só não está tramitando o orçamento porque cumpre decisão judicial e que a continuidade na discussão do orçamento dependerá de nova decisão da justiça ou através de um acordo do Executivo com o Legislativo.
E o deputado Iradir Pietroski (PTB) considerou que os parlamentares podem até votar na íntegra o orçamento "porque a responsabilidade de administrar o Estado, recebida nas urnas, é do PT e do Governo Olívio Dutra" e garantiu que os oposicionistas "não estão aqui para atrapalhar, mas para ajudar".
Ele explicou que a proposta protocolada pela oposição vai garantir "na eventualidade de não se conseguir votar o orçamento, ter um meio legal para que, a partir de janeiro, este governo não venha cobrar do Legislativo a falta de pagamento aos seus funcionários ou às suas obras".
11/08/2000
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