ORNELAS ELOGIA ADAPTAÇÃO DA BAHIA À REALIDADE FISCAL
O senador Waldeck Ornelas (PFL-BA) elogiou hoje (dia 15) o estado da Bahia por ter-se antecipado à reforma administrativa atualmenteconduzida pelo governo federal, e se adaptado à realidade fiscal que, como disse, inquieta tantos estados e municípios brasileiros. "A Bahia vem dando seguidas demonstrações de que o trabalho persistente, sério e criterioso pode fazer com que outros estados encontrem seu caminho", disse.
Ele explicou que, desde 1991, a Bahia decidiu enxugar sua máquina administrativa, sanear as contas públicas e incentivar os investimentos privados, aproveitando ao máximo as oportunidades de modernização oferecidas pelo governo federal. Por essa razão, afirmou, a Bahia entrou com o pé direito na estabilização promovida pelo Plano Real, apresentando hoje um dos menores dispêndios em todo o país com o pagamento de funcionalismo, sem que isso tenha resultado em ineficiência administrativa.
Conforme Waldeck Ornelas, o balanço de contas do tesouro baiano mostra como aquele governo conseguiu ajustar a matemática financeira de forma a garantir investimentos próprios e a criar condições de infra-estrutura para o seu desenvolvimento. Em sua opinião, o estado encontra-se em condições de atrair significativos investimentos, em virtude da crescente credibilidade que vem oferecendo.
Depois de elogiar o editorial "A diferença que a austeridade faz", publicado ontem (dia 14) pelo jornal Estado de S. Paulo, Waldeck Ornelas se disse orgulhoso por ter participado desse esforço para o equilíbrio financeiro da Bahia. Ele lastimou as dificuldades enfrentadas pelos estados e municípios que não se prepararam para a nova realidade do país, dizendo-se também preocupado com o fato de o governo federal ter desmontado a máquina de assistência técnica que atuava em relação a estados e municípios.
O senador lamentou também que, apesar da crise vivida pelos que não se adaptaram ao contexto não-inflacionário, o Legislativo, a seu ver, continue resistindo a aprovar as mudanças propostas pelo presidente da República para fazer o país avançar. Em sua opinião, as reformas administrativa e previdenciária, por exemplo, até agora "não reuniram o apoio entusiástico que deveriam merecer".
15/08/1997
Agência Senado
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