Osmar Dias repudia cobrança de dívida relativa à venda do Banestado



Em pronunciamento nesta quarta-feira (14), o senador Osmar Dias (PDT-PR) reiterou que a venda do Banco do Estado do Paraná (Banestado) ao Banco Itaú, na década de 90, foi um dos negócios mais prejudiciais para o estado, que se encontra hoje inadimplente e impedido de contrair empréstimos externos e internos em razão de dívidas decorrentes da negociação.

Para livrar o Paraná do pagamento de multa de R$ 1,1 bilhão relacionada à venda do banco, o senador garantiu que lutará pela aprovação de projeto de resolução de sua autoria, que tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e tem como relator o senador Antônio Carlos Júnior (DEM-BA). O relatório sobre a matéria deverá ser apresentado no próximo dia 28.

Osmar Dias explicou que o Itaú comprou a "parte boa" do banco e que o tesouro local foi obrigado a assumir a dívida de precatórios emitidos por outros estados e municípios. O senador ressaltou ainda que o Paraná recebeu do Banco Central R$ 5,5 bilhões para sanear o Banestado, já pagou R$ 7,7 bilhões e ainda mantém uma dívida de R$ 9,2 bilhões "por conta de um negocio mal feito, mal explicado, que deve ter beneficiado muita gente, menos quem paga imposto no Paraná".

De acordo com o senador, o Tesouro Nacional retém mensalmente R$ 62 milhões do repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE) para pagar o Itaú. A cobrança da dívida vai até 2029. Osmar Dias disse que se o valor não for pago, o Paraná correrá o risco de perder o controle acionário da Copel, empresa estatal de energia elétrica.

- Aquilo que parecia uma entrega do Banestado pode ser a entrega da Copel para o Itaú, que ficará majoritário e mandará na produção de energia - advertiu o senador.



14/04/2010

Agência Senado


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