Paim apela à Câmara para que vote reajuste de aposentadorias
O senador Paulo Paim (PT-RS) voltou a defender nesta segunda-feira (4) uma mobilização nacional com vistas a pressionar a Câmara dos Deputados a votar o projeto de lei do Senado (PLS 58/03), que recompõe as aposentadorias ao valor que tinham em salários mínimos no momento em que foram concedidas. O parlamentar disse que, em recente périplo que fez por dezenas de cidades do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro e da Bahia, sentiu "o clamor das ruas e o desespero por parte dos aposentados e pensionistas".
- Eles exigem que o Congresso se manifeste. É um desespero. Com a inflação em alta, os remédios com os seus preços decolando. Todos sabem que os alimentos também sofreram uma alta que não se esperava e isto está repercutindo diretamente no aposentado e no pensionista - afirmou Paim.
O senador disse que o contato com o povo o convenceu de que é preciso fazer uma "cruzada a nível nacional", em prol da aprovação da matéria e também do PLS 296/03, que modifica o cálculo dos benefícios da Previdência Social. Ele interpretou como um incentivo à luta dos beneficiários da Previdência o recente discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos metalúrgicos de São Bernardo do Campo, durante o qual Lula enfatizou a importância dos trabalhadores pressionarem os empresários para darem o reajuste para a categoria.
- Ora, é mais do que justo que os aposentados também se sintam entusiasmados com esse pronunciamento do meu querido presidente para que façam a pressão devida. Eu entendo que o presidente até mandou um recado para que haja uma pressão naqueles que tem o poder de resolver, quer seja o empresariado em relação ao reajuste dos assalariados, quer seja sobre os deputados federais - disse Paim.
O senador disse entender que o momento eleitoral é propício para a pressão, e que esta deve ser feita "taco a taco" e "olho no olho".
Em seu discurso, o parlamentar também mencionou a necessidade de se fazerem valer os direitos dos segurados do Instituto Aerus de Seguridade Social, vinculado à Varig. Eles têm a receber algo em torno de R$ 3,5 bilhões. A questão será julgada no Supremo Tribunal Federal (STF).
Por último, o senador elogiou o trabalho dos senadores pelo Rio Grande do Sul em razão do empréstimo que o estado fez junto ao Banco Mundial, no valor de US$ 1,1 bilhão. A operação, autorizada pelo Senado, foi aprovada pelo conselho do Banco na quinta-feira (31).
04/08/2008
Agência Senado
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