Paim apela por entendimento entre bancos e bancários sobre reajuste



O senador Paulo Paim (PT-RS) apelou ao ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, para que ele promova o entendimento na discussão das propostas de reajuste salarial dos bancários, para assegurar o fim greve da categoria e evitar maiores prejuízos à população e à economia do país.

Paim também encaminhou à Mesa requerimento para que a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) agende audiências com representantes dos bancos e dos bancários para discutir as propostas apresentadas durante os 21 dias de greve contabilizados até esta terça-feira (5). O senador justificou que nenhuma das propostas apresentadas foi aceita por qualquer das partes.

O senador considerou razoável a última proposta de reajuste dos bancários, na faixa dos 19%, contra os 25% pedidos inicialmente - uma renúncia de 6% -, mais um abono de R$ 1,5 mil a ser discutido, além do perdão para os dias em que os grevistas não trabalharam. O senador se posicionou contra a pretensão da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de conceder apenas 8,5% de reajuste, mais abono de R$ 30, para encerrar o dissídio coletivo.

- Os bancos são o segmento da economia que mais teve lucros nos últimos dez anos. Eles pagam seu empregados só com o que arrecadam de tarifas de serviços para os clientes - afirmou Paim, ressaltando que a crescente automatização dos serviços bancários é hoje um dos grandes responsáveis pelo desemprego no setor. A seu ver, a prerrogativa dos bancos de poder aumentar a automatização dos seus serviços e contratar menos pessoal só prejudica os entendimentos.



05/10/2004

Agência Senado


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