Paim cobra mudanças tributárias em prol dos mais pobres
O senador Paulo Paim (PT-RS) cobrou em Plenário, nesta sexta-feira (3), o compromisso do Congresso Nacional de aprovar uma reforma tributária que alivie a carga de impostos incidente sobre os brasileiros mais pobres. Segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os 10% mais pobres comprometem cerca de 30% de sua renda com o pagamento de tributos, o que consome apenas 12% da renda dos 10% mais ricos.
- O pobre não paga imposto de renda, mas sofre com os impostos indiretos cobrados sobre o consumo, principalmente de alimentos - comentou Paim.
Ao protestar contra a persistência da concentração de renda e desigualdade social no país, Paim lamentou a posição do Brasil como 9º colocado no ranking mundial de bilionários. O país ostenta 30 nessa classificação, e mais 150 mil milionários. E comemorou a decisão da presidente Dilma Rousseff de lançar o programa "Brasil sem Miséria", que promete investir R$ 20 bilhões na assistência a 16,2 milhões de pessoas ainda relegadas à condição de miséria.
Cotas
O parlamentar ressaltou a iniciativa do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, de editar um decreto reservando 20% das vagas nos concursos públicos na esfera estadual para negros e índios. O Rio de Janeiro foi apontado como estado precursor na implementação de políticas públicas de combate a todo tipo de preconceito. Já o senador Roberto Requião (PMDB-PR) recebeu elogios de Paim por ter sido o primeiro governador a adotar o sistema de cotas para o serviço público.
O senador pelo Rio Grande do Sul lembrou ainda o pioneirismo do presidente do Senado, José Sarney, ao propor ao Congresso a aprovação de uma política de cotas raciais nas universidades. A medida também foi aplaudida pelo senador João Alberto (PMDB-MA).
Carne e confecção
Paim aproveitou também para registrar sua preocupação com o embargo da carne brasileira no mercado externo e as dificuldades enfrentadas pelo setor de confecção com a concorrência dos produtos chineses.
Imprensa
Em seguida, lembrou a passagem do Dia da Imprensa em 1º de junho, quando considerou indispensável uma imprensa livre para manutenção da democracia.
-A imprensa hoje é mais do que sustentáculo da recente democracia brasileira. É um farol na defesa dos direitos humanos - afirmou Paim.
03/06/2011
Agência Senado
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