Paim defende convocação extraordinária do Congresso



O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva das críticas que ele vem sofrendo por ter convocado extraordinariamente o Congresso para trabalhar no período de recesso legislativo deste início de ano. Ele lembrou que a convocação extraordinária foi fruto de acordo das lideranças partidárias para que o Senado pudesse aprovar a proposta de emenda constitucional (PEC) nº 67, a da reforma da Previdência.

Segundo o senador pelo Rio Grande do Sul, os senadores aprovaram a PEC com o compromisso de que a PEC nº 77 (a chamada PEC paralela), que ameniza os efeitos da reforma da Previdência para os servidores, começaria a ser apreciada pela Câmara ainda em janeiro, durante a convocação extraordinária.

- Se o presidente não tivesse convocado o Congresso eu seria o primeiro a criticá-lo. Ele determinou a convocação mediante acordo amplo com todos os partidos, para mostrar que a PEC paralela é para valer, veio para ficar e terá que ser aprovada pela Câmara dos Deputados. Não entendo as críticas, pois há mais de 20 anos o Congresso é convocado praticamente duas vezes por ano. E pela primeira vez a convocação tem o objetivo de beneficiar os trabalhadores - afirmou Paulo Paim.

Ao final do seu pronunciamento, Paulo Paim homenageou o líder negro americano Martin Luther King, que lutou pelos direitos civis em seu país. Em abril de 1968, Luther King foi assassinado por um branco, que foi preso e condenado a 99 anos de prisão. Em 1983 o Congresso dos Estados Unidos decretou a terceira segunda-feira de janeiro de cada ano como feriado nacional. Ao homenagear o líder do movimento negro, Paim defendeu a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, que está pronto para ser votado pela Câmara dos Deputados.



20/01/2004

Agência Senado


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