ACM DEFENDE CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA EM JANEIRO
Para o presidente do Senado Federal, Antonio Carlos Magalhães, a convocação extraordinária do Congresso Nacional em janeiro não prejudica a tramitação da emenda que altera a alíquota da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O senador disse que se a convocação ocorresse em dezembro não haveria número suficiente de parlamentares para deliberações, tanto na Câmara como no Senado. Por isso, acha mais acertada sua realização no início do ano que vem, "isso até em defesa da instituição". Ele ressalvou que a convocação é feita pelo presidente da República, cabendo a ele, Antonio Carlos, instalá-la.Antonio Carlos lembrou que a posse do presidente da República será no dia 1º de janeiro. Afirmou que, a partir do dia 4, o Congresso trabalhará "com afinco para votar a CPMF na hora própria, mas dentro dos trâmites regimentais e constitucionais".Ao responder a um jornalista se estaria contrariado pelo fato de não estar sendo consultado para a composição do ministério do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, Antonio Carlos disse que fica feliz quando os jornais afirmam que ele não está sendo consultado, porque é uma demonstração a mais de que ele não interfere no governo. Assim, não tem responsabilidade nos acertos nem nos erros. Acrescentou, no entanto, que tem um bom entendimento com o presidente da República, que é quem está no comando.Quanto às previsões sobre o futuro do país feitas pelo senador eleito Jorge Bornhausen (PFL-SC), divulgadas nesta quinta-feira (dia 10) pela imprensa, Antonio Carlos comentou que é natural que ele, um homem experiente, tenha apreensões. Ressaltou, porém, que aquele não é o ponto de vista do PFL, assim como as opiniões dele, presidente do Senado e do Congresso Nacional, não expressam o ponto de vista do partido.Para Antonio Carlos, o ponto de vista do PFL é realmente expresso por Bornhausen, mas, neste caso, sua opinião foi pessoal, "porque muitos do PFL discordam dessa interpretação". Antonio Carlos disse ser muito otimista em relação ao país, e opinou que temas como a privatização do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e da Petrobrás não devem ser tratados por enquanto.O presidente do Senado negou ainda qualquer desentendimento com o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer. -- Minha amizade com Michel Temer é pública, rezamos juntos e estamos juntos - afirmou Antonio Carlos, referindo-se à missa de fim de ano celebrada nesta quinta-feira no Congresso. Afirmou ainda que, durante a celebração, ficou muito tempo abraçado a Temer.
10/12/1998
Agência Senado
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