Paim quer negociar mudanças nas reformas da Previdência e tributária



O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou em Plenário nesta terça-feira (9) um documento mostrando que a imensa maioria dos estados brasileiros sofrerá uma desestruturação de seu funcionalismo se o texto da reforma da Previdência for mantido como veio da Câmara dos Deputados para o Senado. O documento cita o Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Distrito Federal.

Paulo Paim citou principalmente o subteto como fator capaz de desencadear problemas nos estados.

- Por isso, defendo uma negociação realista da proposta do governo aqui no Senado - disse Paim.

O senador apresentou também outro documento, da Confederação Brasileira de Municípios, que aponta defeitos no texto da reforma tributária capazes de criar uma -verdadeira anarquia- nos municípios.

- A reforma tributária, como está proposta, favorece muito os estados, mas prejudica os municípios. Por isso, haverá um ato público com mil prefeitos na rampa do Congresso Nacional nesta quarta-feira (10), quando serão apresentados os pleitos dos municípios - informou o senador.

Paim aproveitou para responder a um artigo da jornalista gaúcha Rosane de Oliveira, intitulado -Dois pesos, duas medidas-, em que ela acusa o Partido dos Trabalhadores de dar a ele, Paulo Paim, tratamento diferente do que foi dispensado aos dissidentes que votaram contra ou se abstiveram na Câmara dos Deputados.

- Quero dizer à Rosane que, sim, apresentei 20 emendas à reforma da Previdência, mas minha tradição como político é a de negociador, e por isso tenho conseguido resultados, como o Estatuto do Idoso e da Igualdade Racial, e a grande maioria das emendas que foram aprovadas na Câmara dos Deputados, por meio de negociação, eu mesmo já tinha sugerido - encerrou o senador.



09/09/2003

Agência Senado


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