Paim quer pacto para tirar RS do que considera sua pior crise financeira



O senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou nesta quinta-feira (6) que na véspera, juntamente com os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Sérgio Zambiasi (PTB-RS), reuniu-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. O objetivo da reunião foi a busca de uma solução para a crise financeira que vive o Rio Grande do Sul.

Segundo Paim, o presidente disse que quer contribuir para que haja um grande pacto de todos os gaúchos para sanar as dificuldades enfrentadas pelo estado. Ele lembrou que os três senadores gaúchos já haviam entregado a Lula, em abril passado, uma proposta para solucionar a crise, que passa pelo ressarcimento, por parte do governo federal, dos investimentos feitos pelo governo do Rio Grande do Sul em estradas federais. O senador disse que a dívida da União com o governo gaúcho passa dos R$ 3 bilhões.

- O presidente determinou que houvesse um grande encontro com os representantes do governo do estado, líderes de todos os partidos na Assembléia estadual, entidades de empresários e o movimento sindical. Esperamos que isso vá desaguar numa saída para a crise do nosso estado. O presidente reafirmou que o governo federal tem como chegar num entendimento para ajudar o Rio Grande mediante dívidas de outros governos - afirmou.

Paim disse que nesta sexta-feira (7) entregará à ministra Dilma um documento elaborado por todos os partidos, com uma radiografia da situação econômica do estado e que será uma peça importante, segundo ele, na busca da solução. Na próxima semana, os deputados vão se reunir com a ministra.

João Goulart

O senador também homenageou o ex-presidente da República João Goulart, lembrando que nesta quinta-feira completam-se 31 anos de sua morte. Ele assinalou que Goulart foi o único presidente brasileiro a morrer no exílio. João Goulart morreu aos 58 anos, em Mercedes, na Argentina.

O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) uniu-se à homenagem e lembrou que seu pai, Arthur Virgílio Filho, foi líder do PTB e, no Senado, líder do governo João Goulart. O senador João Pedro (PT-AM) afirmou que Goulart foi deposto pelos seus acertos e não pelos seus erros.



06/12/2007

Agência Senado


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