Papaléo defende fim da demagogia no tratamento da educação



Ao analisar os resultados da Prova Brasil, que avaliou mais de 3 milhões de matriculados na 4ª e na 8ª série da rede pública de mais de 5 mil municípios, o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) defendeu a necessidade de a educação deixar de ser tratada com demagogia. Ele cobrou medidas concretas e seriedade na gestão para que a educação possa dar um salto de qualidade nos próximos dez anos.

- Não significa muita coisa continuar dizendo que temos hoje mais de 97% de nossas crianças entre 7 e 14 anos matriculadas nas escolas, quando sabemos que a qualidade de ensino está longe de ser pelo menos aceitável. A propaganda governamental costuma enaltecer os percentuais, mas esquece de dizer que, em língua portuguesa e em matemática, nem 10% dos estudantes atingem o desempenho adequado ao seu nível de escolaridade - afirmou Papaléo Paes.

Segundo Papaléo, o governo também evita comentar que, de cada 100 estudantes, apenas 31 terminam a 8ª série e avançam para o ensino médio e que, na educação infantil, das 22 milhões de crianças com até seis anos de idade, mais de 9 milhões não freqüentam as instituições de ensino. O senador observou que esse descompasso entre o discurso e a realidade também contribui para o atraso na educação do Brasil.

Papaléo lamentou que propostas do Ministério da Educação - como o Pró-Licenciatura, o Pró-Letramento, o Pró-Infantil, o Pró-Formação, o Programa de Formação Continuada de Professores, o Programa Universidade Século XXI e o Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação - que pretendiam elevar a qualificação dos professores não foram totalmente viabilizadas.

31/07/2006

Agência Senado


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