Papaléo Paes critica assentamentos do Incra no Amapá
Em pronunciamento nesta segunda-feira (3), o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) criticou a forma com que os assentamentos rurais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foram implantados no interior do Amapá.
Os loteamentos foram erguidos sem planejamento e em locais servidos por estradas vicinais precárias que prejudicam o escoamento da produção agrícola local, disse Papaléo, que durante o recesso parlamentar visitou diversos municípios do Amapá, entre eles a localidade de Tartarugalzinho, a 220 quilômetros de Macapá, a capital do estado.
- Os loteamentos foram feitos dentro da selva, quando temos áreas no cerrado que poderiam ser aproveitadas sem maltratar a mata virgem. Faltam estradas para o escoamento da produção - afirmou.
Papaléo disse que os moradores dos assentamentos sofrem ainda com a falta de assistência a saúde e com postos de atendimento medico que não funcionam. Outra questão que vem prejudicando a população dos loteamentos é a indefinição sobre o responsável pela prestação de assistência técnica aos assentados.
- As pessoas estão completamente abandonadas pelo poder publico. É até difícil para o governo do Amapá entrar nos assentamentos por causa de questionamento do Incra, que administra os loteamentos - afirmou.
Jornalista inocentado
Papaléo Paes também manifestou a sua satisfação pelo fato de o jornalista, advogado, psicólogo e sociólogo Carlos Lobato, do Amapá, ter "recebido a justiça", informando que, por intermédio do Ministério Público, foi comprovada sua inocência de acusação sofrida há cinco anos. Ele relatou que Lobato, detido em uma operação da Polícia Federal no estado, foi algemado e humilhado, o que o condenou diante de todos. O jornalista, disse Papaléo, lutou durante cinco anos, passando por "sofrimento profundo" para provar sua inocência, "sempre dizendo que nunca mais iria conseguir recuperar a sua honra diante da humilhação por que passou".
Papaléo assinalou a importância de se preserva a presunção da inocência, frisando que "ninguém deve ser condenado sem ser julgado".
03/08/2009
Agência Senado
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