Paquistão já discute com Blair sucessor do Taleban



Paquistão já discute com Blair sucessor do Taleban O Paquistão, único país a manter relações com o Taleban, já admite a queda da milícia islâmica que controla o Afeganistão. O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o presidente do país, Pervez Musharraf, discutem o futuro. "Concordamos que, se o regime do Taleban não conseguir entregar Bin Laden (suspeito do ataque aos EUA) e cair, seu sucessor deverá ter uma base ampla, com todos os grupos étnicos importantes representados", disse Blair. Os EUA, o Irã e a Rússia têm apoiado a Aliança do Norte, grupo de oposição ao Taleban. O Reino Unido defende que o ex-rei Zahir Shah convoque uma loya jirga (assembléia de líderes políticos e militares) para decidir o futuro do país. Musharraf e Blair - cuja visita de quatro horas ao Paquistão faz parte de viagem para obter apoio à guerra ao terror - reafirmaram que o material apresentado pelos EUA comprova ligação entre Bin Laden e os atentados. (pág. 1 e A15) * O Uzbequistão divulgou que não autorizará ataques dos EUA, partindo de seu território, contra o Taleban nem contra alvos da Al Qeada. O anúncio ocorreu após o envio de cerca de mil soldados americanos ao país para possíveis ações militares e foi feito pelo presidente uzbeque, Islam Karimov, na presença do secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld. Os EUA enfrentam dificuldades para obter apoio dos países da região em uma ação militar contra o Afeganistão. (pág. 1 e A19) * O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, acusou os EUA de estar "agradando" aos países árabes à custa de Israel para formar uma ampla coalizão contra o terrorismo. Os comentários foram considerados "inaceitáveis" pelos EUA, que se disseram o aliado mais forte de Israel no mundo. À noite, Sharon amenizou as declarações. (pág. 1 e A17) * Além dos pelo menos 4.986 mortos ou desaparecidos e 8.000 feridos, o ataque ao World Trade Center deixou 10 mil sem-teto circunstanciais, informa Sérgio Dávila. Eles moram no Battery Park City, prédios de alto luxo ao lado dos destroços. Pelo menos outros 12 mil moradores tiveram as casas interditadas por algum período. (pág. 1 e A23) * A Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica vai adotar medidas adicionais para reduzir o consumo de energia no Nordeste, informa Guilherme Barros. Uma delas deverá ser o aumento da meta de 20%. O novo patamar ainda não foi definido, mas poderá chegar a uma redução de até 30%. A economia de energia na região caiu para 9,7%, menos da metade dos 20% previstos pelo Governo para evitar o apagão. O reservatório de Sobradinho, que abastece a Chesf, está no nível mais baixo da história. Não estão afastadas as hipóteses de feriados e de apagões de quatro horas. (pág. 1 e B5) * O ministro Pedro Malan (Fazenda) divulgou nota anunciando que não se filiará a nenhum partido político e, conseqüentemente, não disputará nenhum cargo eletivo em 2002 - a Justiça Eleitoral só aceitará filiações oficializadas até hoje. Malan disse que seguirá ativo no debate político, "defendendo a importância das transformações feitas pelo Governo". Em encontros de dirigentes do PSDB, em Goiânia, o ministro José Serra (Saúde) fez discurso de candidato ao Planalto: elogiou a estabilidade econômica e atacou o PT. (pág. 1 e A10) * Em uma carta manuscrita de 12 linhas, lida pelo senador Carlos Wilson (PTB-PE) para um plenário quase vazio, Jader Barbalho (PMDB-PA) renunciou ao mandato para não ser processado por quebra de decoro e correr o risco de tornar-se inelegível por oito anos. "A história do Senado registrará a inominável violência política de que estou sendo vítima", afirma a carta de Jader. Em São Miguel do Guamá (Pará), seguranças de Jader dispararam dois tiros contra um carro da TV Liberal, afiliada da Rede Globo. (pág. 1 e A4) Editorial "O tamanho da recessão" Não é novidade que o Brasil caminha para mais um ajuste externo recessivo. Mas o estado do balanço de pagamentos é tão preocupante que há dúvidas até mesmo sobre o grau de contração necessário para que a conta feche. (...) Para cobrir o déficit em transações correntes, o País continua dependente de investimentos externos - que tendem a minguar com a perspectiva de recessão - e de recursos de um arredio FMI para fechar seu balanço de pagamentos sem reduzir as reservas cambiais, que já estão baixas. (...) Nesse contexto, percebe-se que o ajuste recessivo, o único que está sob total controle interno, é hoje muito menos efetivo do que foi nos anos 80. Isso significa que uma paralisação mais forte dos fluxos de investimento externo, algo difícil de prever, pode ter potencial de desencadear uma recessão longa e profunda. (pág. A2) Colunistas Painel Encerrado o caso Jader Barbalho (PMDB-PA) no Senado, o Conselho de Ética irá analisar agora a abertura de um processo de cassação contra Luiz Otavio (PA). O senador é acusado de desviar recursos do BNDES. * Aliados de Jader (PMDB) no Pará também estão ameaçados de perder seus cargos. O prefeito de Altamira, Domingos Juvenil (PMDB), por exemplo, é suspeito de ter-se beneficiado dos desvios de recursos da Sudam. (pág. A4) Topo da página

10/06/2001


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