Para Aécio, emenda é um fato histórico



Para Aécio, emenda é um fato histórico O presidente da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), confirmou ontem que será na próxima terça-feira a promulgação da proposta de emenda constitucional que restringe a edição de medidas provisórias. O ato contará com a presença dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e do STF, Marco Aurélio de Mello. "A partir de quarta-feira, vida nova para as medidas provisórias", afirmou Aécio, que considerou a aprovação da PEC das MPs um fato histórico. "É a mais profunda alteração nas relações entre Executivo e Legislativo", disse. De acordo com o presidente da Câmara, ainda existe uma dúvida jurídica em relação às atuais medidas provisórias, que por enquanto não foram votadas pelo Congresso. Segundo ele, não há um entendimento final se as atuais MPs precisarão ser reeditadas a cada 30 dias, seguindo a regra atual, ou se ficam "congeladas", passando a ter vigência por tempo indeterminado. Ele ressaltou que há uma certeza: não poderá haver alterações nas PECs antigas, mesmo que tenham que ser reeditadas. Segundo Aécio, qualquer modificação a ser feita no texto será considerado um ato novo e, portanto, sujeito às novas regras. Ele informou também que pretende discutir no menor prazo possível o rito de tramitação das MPs no Congresso. A sua idéia é que as medidas provisórias fiquem em debate nas comissões em um prazo máximo de 10 sessões, devendo então seguir para o plenário. Aécio informou que pretende definir um dia, a quinta-feira, por exemplo, para análises de medidas provisórias. Na avaliação do presidente do STF, Marco Aurélio Mello, a proposta de emenda constitucional é um grande passo para a preservação do estado democrático de direito . "Temos de aplaudir a partir do momento em que se admite a redução de medidas provisórias", afirmou. Promulgada lei sobre farmácias de manipulação A Assembléia Legislativa promulgou ontem a lei 11.665/2001, que regulamenta e permite a abertura de farmácias públicas de manipulação pelos municípios gaúchos. Conforme a legislação, de autoria do deputado José Farret (PPB), os estabelecimentos só poderão produzir 24 remédios básicos para atendimento ambulatorial dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). As farmácias devem ter área entre 90 e 170 metros quadrados e a presença de dois farmacêuticos bioquímicos em tempo integral. A capacidade de produção deve ser entre 6 mil e 70 mil consultas por mês. Para Farret, a promulgação da lei representa uma vitória para a comunidade gaúcha, dando nova esperança à população carente. No Rio Grande do Sul, 40 farmácias públicas de manipulação foram fechadas, sete delas por decisão judicial e as outras pela Associação Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por falta de controle de qualidade. "Os estabelecimentos serão reabertos", garantiu Farret. O governo do Estado anunciou que vai ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) com ação direta de inconstitucionalidade da lei. A alegação é de que já existe uma legislação federal determinando que o controle e a produção em farmácias públicas seja de responsabilidade da União. O secretário substituto da Saúde, Gilberto Barrichello, disse que a promulgação da lei não vai significar a reabertura das farmácias fechadas. Respondendo ao deputado José Farret, de que o governo quer centralizar a produção dos remédios, Barrichello esclareceu que o Estado não está abrindo farmácia de manipulação e sim duas unidades industriais, além da ampliação do Laboratório Farmacêutico do RS (Lafergs). Produtores pedem CPI do Leite Os produtores de gaúchos exigem a criação de uma CPI do Leite que avalie em qual segmento da cadeia estão ficando a maior parte dos lucros. Os agricultores reclamam da alta margem de rendimento obtida pela indústria e pelo varejo. Enquanto o produto custa aproximadamente R$ 1,00 para o consumidor, o preço do litro pago ao pecuarista é de R$ 0,23. Lideranças da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) estão agendando para a segunda quinzena de setembro uma reunião com o presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Zambiasi, para ingressar com o pedido formal de investigação. "Alguém tem que ter poder para descobrir por que o produtor ganha tão pouco", enfatiza o vice-presidente da Fetag, Sérgio de Miranda. A sugestão foi debatida ontem durante reunião com o governo do Estado. O secretário da Agricultura, José Hermento Hoffmann, apoiou a realização das manifestações junto às indústrias e lembrou a necessidade de se avaliar também os supermercadistas. "A compra de leite no Rio Grande do Sul depende de duas grandes indústrias e 80% da comercialização se concentra nas mãos de três grandes empresas", alerta ele. Para o secretário, esta concentração do varejo é muito perversa e, em alguns casos, chega a render ganho de 35%. O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), João Carlos de Oliveira, relatou que o setor trabalha com competição intensa de mais de 1,3 mil empresas. Isso, assegura ele, reduz os preços, inviabilizando qualquer tipo de cartelização. Oliveira acrescenta que o leite é um produto de grande atração e que, normalmente, está entre as promoções. "Não sei da cadeia, mas nos supermercados as altas margens de lucro não estão. Acho que existem coisas mais importantes para se fazer CPI", destaca. Os agricultores estão organizando uma comitiva para pleitear as questões relativas ao leite em Brasília nos dias 18, 19 e 20. Os agricultores lutam pela liberação imediata de R$ 6 milhões para ao Programa Estadual do Leite. Os recursos serão utilizados para melhorias na produção, compra de matrizes, e novilhos. Além disso, também irão ao Ministério da Justiça manifestar seu descontentamento com a concentração de indústrias e lojistas. "Pleiteamos audiências como o ministro da Agricultura e com a Justiça para avaliar a formação de monopólios", diz. A necessidade de instituir um preço mínimo para o leite também é uma reivindicação do setor. "Queremos um valor de venda que garanta pelo menos o custo de produção, que é de R$ 0,30 ", diz Miranda. A pauta da Fetag ainda pede um programa de subsídios para o leite e a criação de estoques reguladores. "Não podemos apenas ficar reclamando dos subsídios dos outros", justifica Miranda. O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Ernesto Krug, foi procurado pela reportagem do Jornal do Comércio e não foi encontrado. Programa destina R$ 11 milhões para compra de alimentos O secretário da Agricultura, José Hermeto Hoffmann, anunciou a criação de um Programa de Cidadania Alimentar que irá ampliar o fornecimento de alimentos em diversos municípios gaúchos. Desenvolvido em parceria com a Secretaria da Saúde, prevê o destino de R$ 11 milhões para 164 cidades. Os recursos serão utilizados nos próximos dez meses e devem ser vitais para o aumento da demanda por leite. Entre os beneficiados estão crianças, idosos, gestantes e aidéticos. Estados pedem mais espaço no Mercosul Os 18 governadores e representantes de províncias do Mercosul reunidos ontem em Porto Alegre, na sede do governo gaúcho, decidiram constituir um fórum permanente e pedir aos presidentes de seus países maior espaço na definição dos rumos do bloco econômico do sul do continente. A Carta do Rio Grande do Sul, como foi denominado o documento assinado pelos participantes do encontro, estabelece cinco metas prioritárias, entre as quais a incorporação de Estados e províncias nas esferas de decisão do Mercosul e a integração com os demais países da América do Sul, em particular os do Pacto Andino. “Entendemos que a consolidação do Mercosul terá mais solidez se acompanhada da ampliação de sua abrangência geográfica, começando pela integração de todos os países da América do Sul cujos interesses neste sentido sejam coincidentes”, diz o documento. Foram representados no encontro Argentina, Chile, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela e três Estados brasileiros. O governador Olívio Dutra (PT) foi escolhido para coordenar provisoriamente o fórum, que voltará a se reunir em novembro, em Assunção, um mês antes cúpula do Mercosul, que se realizará em Montevidéu. Convidado especial do evento, o presidente do Comitê de Regiões da União Européia, o belga Jos Chabert, disse que o processo de integração da América do Sul está sendo acompanhado com muito interesse pela Europa, e se propôs a assinar um primeiro acordo de intenções com o Fórum de Governadores do Mercosul. A exemplo daquele assinado recentemente com a Rússia, seria um convênio para a troca de informações e desenvolvimento de ações culturais conjuntas. O belga relatou como as regiões e os governos locais foram incorporados ao processo de decisão da UE e afirmou que a unificação européia deve começar a se estender ao países do Leste em 2004, a partir da consolidação da moeda única, que começa a circular no ano que vem. “O euro vai criar um sentimento de ‘pertencionismo’, que até agora não está sendo vivenciado pelas pessoas”, disse. O evento patrocinando pelos gaúchos teve a participação maciça de governadores paraguaios e uruguaios. A representação argentina e brasileira, justamente os dois principais parceiros do Mercosul, restringiu-se a poucos representantes. Da Argentina, veio o governador de Salta, Juan Carlos Romero, o vice de Catamarca, Hernan Colombo, e o embaixador Diego Ramiro Guelar, representando a Província de Buenos Aires. Do Brasil, além de Olívio Dutra, estavam apenas Dante de Oliveira (PSDB), do Mato Grosso, e Zeca do PT, do Mato Grosso do Sul. Os governos de Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro enviaram secretários de Estado. O representante do Ministério das Relações Exteriores, presente ao encontro, Hélio Vitor Ramos Filho, disse que a iniciativa dos governadores era bem-vinda pelo governo brasileiro. “Esse novo espaço de coordenação, com a participação de Estados e Províncias, confere maior qualidade ao processo de integração”, afirmou o secretário de assuntos federativos do Ministério de Relações Exteriores do Brasil. O governador Dante de Oliveira também disse que o presidente Fernando Henrique Cardoso está aberto a viabilizar uma maior participação das unidades federativas nas discussões do Mercosul. “O Mercosul não pode se restringir à polarização do eixo São Paulo-Buenos Aires”, afirmou. Ele sustentou na reunião que uma das prioridades dos países da região deve ser a integração física e geográfica. Seu grande projeto é a ligação do Brasil ao Oceano Pacífico por meio de uma rodovia continental. Os primeiros 90 quilômetros dessa estrada serão inaugurados até o final do ano, ligando Caceres (MS) a San Matias, na Bolívia. Até o pacífico, faltariam ainda cerca de 500 quilômetros. “Tenho conversado com os ministros para tentar sensibilizar uma parceria entre os governos e buscar uma forma de financiar essa rodovia”, afirmou. “É o caminho para nos levar aos mercados andinos e asiáticos.” Sindilojas lança campanha em defesa da economia formal O Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas) lança hoje uma campanha em defesa da economia formal. A iniciativa conta com o apoio de entidades patronais, comerciários e de associações de bairro e dos moradores do Centro da Capital. O objetivo é cobrar ações da Prefeitura no combate ao comércio irregular, que se concentra especialmente na área central. Pesquisas do Sindilojas indicam queda nas vendas entre 20% e 25% de lojas que sofrem a influência direta dos vendedores não cadastrados. "Esse índice já deve ter aumentado em função do aumento de camelôs irregulares", estima o presidente do Sindilojas, José Alceu Marconato. Nas lojas de CDs, as perdas chegam a 80% em função da venda de produtos piratas. "Os segmentos de brinquedos e calçados também estão sendo muito afetados", afirma Marconato. Outro objetivo da campanha é chamar a atenção do Ministério Público Estadual, que na semana passada recebeu uma denúncia do Sindilojas e do Sindicato dos Empregados no Comércio (Sindec), pedindo soluções para o Centro da cidade. De acordo com Marconato, serão ações simples e objetivas. Entre as medidas está a distribuição de adesivos e cartazes entre os lojistas e a comunidade em um movimento a favor da economia formal. De acordo com dados do Sindec, Porto Alegre tem hoje 50 mil comerciários. A maior preocupação do Sindec é em relação às perdas salariais, devido a reduções significativas das comissões dos comerciários. A categoria também teme o desemprego, uma vez que várias lojas do Centro fecharam suas portas no último ano. A atuação de vendedores irregulares no centro - pelos cálculos do Sindilojas são cerca de dois mil - chegou a interromper, no ano passado, o Projeto de Revitalização do Centro, que reúne empresários e poder público na recuperação da área central. Os trabalhos foram retomados em março deste ano, com a formação da Comissão Mista de Gerenciamento. Em agosto do ano passado, o Sindilojas chegou a ingressar com uma interpelação e notificação judicial contra a prefeitura de Porto Alegre. Na época, a medida buscava esclarecimentos do Município sobre os motivos que levaram à reocupação da área central por vendedores irregulares. Artigos Prospectando cenários Joal Teitelbaum A globalização não é uma meta ou objetivo de um país ou de uma região. Ela é uma resultante inexorável dos parâmetros que se enraizaram nas últimas duas décadas como uma conseqüência natural das tecnologias informativas que se instalaram no Planeta Terra. Até bem pouco tempo, mesmo em países com sistemas de governo de liberdade inexistente ou vigiada, as tecnologias da informação e da acessibilidade instantânea ao que ocorria nos mais longínquos pontos permitiam captar, na velocidade da luz, os fatos em desenvolvimento. Esta habilidade instantânea do ser humano de tomar conhecimento do que acontece, transportada para a vida prática, traz como componente básica a globalização em todos os segmentos e, essencialmente, transfere para as atividades comerciais a capacidade de realização das mesmas. Os países que não se inserirem neste contexto perderão não apenas o trem da história mas, também, não verão sequer os trilhos por onde, um dia, poderia vir a passar esta nova realidade. Mas a América do Sul está atenta à componente básica da globalização. No último dia de agosto e no primeiro dia de setembro completou-se um ano do encontro dos presidentes dos doze países da América do Sul, realizado em Brasília, quando foi adotada a decisão política de promover-se a integração da região e com ênfase acentuada à integração física, de infovias e de energia. Neste doze meses são inúmeras as conquistas. Os governos, através de seus organismos específicos, tais como os Ministérios das Relações Exteriores, Planejamento, Transportes, Energia, Comunicações ou equivalentes estão promovendo reuniões periódicas; o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Corporação Andina de Fomento (CAF) e o Fundo para a Bacia do Prata (Fonplata), como organismos de alocação de recursos e em entrosamento com as entidades governamentais, ativam os doze eixos de integração e desenvolvimento da América do Sul e instalaram o IIRSA (Integração da Infra-Estrutura Regional Sul-Americana). Também a sociedade civil aporta sua participação de uma forma invulgar, reunindo, no Comitê das Rotas de Integração da América do Sul, a iniciativa privada, os representantes diplomáticos dos doze países e de entidades governamentais, do BID, CAF, ALADI e BNDES, atuando de forma consolidada através das reuniões plenárias, dos modais rodoviário, ferroviário, hidroviário-portuário, aeroportuário, de infovias e de energia e do Conselho Temático. Este é o construtivo cenário de integração que a América do Sul edificou em um ano decorrido da histórica reunião dos presidentes em Brasília, em um período de crise econômica a qual não impediu que o objetivo maior, a integração física sul-americana, fosse traçado. Nesta linha de ação, o Comitê das Rotas de Integração da América do Sul estará promovendo, em outubro próximo, em Porto Alegre, o III Seminário Internacional das Rotas de Integração, quando as autoridades governamentais, entidades de financiamento e a iniciativa privada estarão reunidas para, através desta sinergia ímpar do somatório de suas forças, prospectar, em forma objetiva, os cenários da integração e do desenvolvimento econômico e social da América do Sul. Presidente do Comitê das Rotas de Integração da América do Sul Colunistas Cenário Político - Carlos Bastos Bernd prevê crise terrível no PMDB O deputado Mário Bernd disse que se a convenção nacional do PMDB rejeitar no próximo domingo moção assinada por oito dos dez deputados gaúchos, o fato provocará crise sem precedentes na história do partido. Segundo o deputado, o documento pede, além de apoio à candidatura própria e a realização de prévias, o afastamento imediato do governo federal, com entrega de cargos até o fim do mês e o desligamento da sigla de Jáder Barbalho e Luís Estevão. Bernd acusa o ministro Eliseu Padilha de liderar relação promíscua entre o PMDB e o governo na qual se negocia cargos e favores, em vez de decisões. Também teme que o cenário continue o mesmo com a possível vitória de Michel Temer nas eleições para a presidência do partido. Diversas O presidente do PMDB gaúcho, deputado César Schirmer, disse que a moção a ser encaminhada pelos deputados do RS à convenção do partido serve de reforço às propostas defendidas por ele em nível nacional. Cézar Schirmer estranha, porém, a forma como o processo foi encaminhado. O deputado José Ivo Sartori, do PMDB, afirmou que o documento com a posição da bancada estadual que será apresentado na convenção nacional do partido ratifica a decisão do PMDB do Rio Grande do Sul, instância superior do partido no Estado. Sartori disse que com muito orgulho, integra a Executiva Regional e ficou satisfeito em saber que os meus pares no Legislativo tomaram o mesmo caminho no que se refere às posições em relação ao governo Federal. O deputado Alexandre Postal, secretário-geral do PMDB gaúcho, afirmou que houve precipitação da bancada do partido na Assembléia em divulgar nota, propondo moções à convenção nacional que acontece no próximo domingo, em Brasília. E disse, ainda, que não endossou as propostas, pois já havia se manifestado favoravelmente às decisões do diretório regional. O deputado João Osório (PMDB) afirma não ter declarado que os deputados Alexandre Postal e José Ivo Sartori não tenham assinado a nota da bancada por serem ligados à corrente governista do partido. Sustenta que esta não é seu modo de atuação política, e que preza muito seus dois companheiros de bancada. O Tribunal de Justiça cassou liminar do juiz de São Borja que afastou do cargo de presidente da Câmara Municipal o pedetista Mariovane Weiss, e da vereança o petista René Ribeiro. Última A Executiva Estadual do PPB decidiu ontem que vai apresentar um pedido paraque o ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, Paulo Salim Maluf, peça licença da presidência nacional do partido. O PPB gaúcho que sempre se anteopôs a Maluf, e que na última eleição para o diretório nacional lançou a candidatura de Celso Bernardi, entende que só assim os problemas que atingem Maluf não afetarão o partido. Começo de Conversa - Fernando Albrecht Retroatividade O Diário Oficial do Estado agora deu para ser retroativo, e bota retroativo nisso. Há dias, publicou a exoneração da secretária Maria Luiza Jaeger de um cargo CC, a contar de 1971. No de ontem, o presidente do Sebrae, Eudes Antides Missio, foi exonerado do cargo de engenheiro da Casa Civil “a contar de 12.2.1972”. Hoje, Missio é CC da Assembléia. E por falar... ... em Sebrae, a próxima reunião do conselho, segunda-feira, pode ser caliente uma barbaridade. Conselheiros estão com rugas de preocupação devido à possibilidade de se melar o jogo, no sentido do zero a zero e bola ao centro. Alguém pode pedir a demissão de alguém. Doações em penca Descobriram que a arma que abateu o rapaz de Novo Hamburgo foi doada. Qual a novidade? O que é que hoje em dia não é doação da iniciativa privada? Gasolina, armas, rádios e baterias, equipamentos diversos, a toda hora se lê que a comunidade doa ou banca estas despesas, além dos impostos que paga. Só falta agora a iniciativa privada bancar o treinamento policial. A legalização tarda Até agora reina o mais absoluto silêncio oficial em torno da regulamentação do jogo, especialmente das vídeoloterias. A Loteria do Estado já se manifestou favorável à legalização, a Constituição de 1988 permite que os estados legislem sobre o assunto, a opinião pública é favorável. Enquanto isso, o Estado deixa de arrecadar impostos de monta com o jogo, dinheiro que poderia ir para as obras sociais. Em Cena A Secretaria Municipal da Cultura deposita fundadas esperanças no sucesso do 8º Porto Alegre Em Cena. Não é por menos. Pela primeira vez foi instituído um conselho deliberativo, formado pelo dramaturgo Ivo Bender, pelos diretores Júlio Conte e Décio Antunes, pelo iluminador João Acir e pelo ator e diretor Marcos Barreto. O Em Cena se consolida como expressão artística indispensável para a cidade, com 62 espetáculos da mais alta qualidade técnica e artística a preços populares. O patrocínio é da CRT Brasil Telecom, Nokia e Petrobras. Velhos tempos Saudosismo ou orgulho do passado, o fato é que as empresas estão revolvendo seu passado para divulgar o início das suas trajetórias de sucesso. Caso da empresa de ônibus Planalto, que teve origem em 1948 quando José Moacyr Teixeira, e o comerciante Antônio Burtet resolveram ingressar no setor de transporte de passageiros. O primeiro ônibus tinha carroceria de madeira, um Ford 1945, que fazia a linha Vila Jóia a Tupanciretã/Santo Ângelo. Eram tempos heróicos, com balsa no rio Ijuizinho. Hoje, a Planalto tem 250 ônibus. Que peito! O Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou o habeas corpus solicitado por Cláudio Tadeu de Assunção, que pretendia apelar em liberdade da sentença que o condenou a dez anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e porte ilegal de armas. Assunção e mais 13 homens, apontados como integrantes do Primeiro Comando da Capital, foram presos pela Polícia Federal em fevereiro na Vila Floresta. Eles pretendiam assaltar um avião no aeroporto e a tesouraria do Banco do Brasil, inclusive seqüestrando o gerente do banco e seus familiares. Naturalmente, queria preparar outro golpe em liberdade... Miúdas Banco Cooperativo Sicredi foi autorizado pelo BC a atuar como banco múltiplo. A Red 32 começa seu Programa Red 32 às 20h de domingo no canal 20 da Net. Deputado Francisco Appio (PPB) lança o livreto S.O.S.Caminhoneiro (0800-5102300). Farmácia/Bioquímica da UFSM comemora 70 anos com jornada de 25 a 28. O presidente do TRT, Darcy Carlos Mahle, autorizou servidores a usarem pilcha. Mais de 70 fornecedores das casas-modelo de Terra Ville Belém Novo Golf Club já realizam negócios. Drenagem urbana é tema de debate hoje às 12h na Fiergs, promoção Saergs/Crea. CIC/Caxias recebe hoje comitiva de empresários e políticos paraguaios. Conexão Brasília - Adão Oliveira O deputado Germano Rigotto disse que a equipe econômica está fazendo terrorismo fiscal ao afirmar, na defesa do congelamento das tabelas e deduções do Imposto de Renda, que se promover essa correção terá que aumentar outros impostos. Rigotto acha que o governo é insensível porque mantém congeladas as tabelas e as deduções do IR e reajusta os preços públicos, penalizando ainda mais os trabalhadores, especialmente, os de baixa renda. IR O deputado Germano Rigotto lembra que essa situação impõe aos assalariados uma carga adicional até cinco vezes maior que há cinco anos, período em que mais de seis milhões de brasileiros foram incluídos como contribuintes. Já aprovado na Comissão de Finanças da Câmara, o projeto que atualiza os valores do Imposto de Renda será votado nas próximas semanas pelo Senado Federal. Educação O deputado Nelson Marchezan participa, hoje, no Parque Anhembí, em São Paulo, do Terceiro Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos. Marchezan é o relator do Plano Nacional de Educação e vai fazer parte de uma mesa redonda no encontro. Marchezan foi acometido de uma forte desidratação esta semana, mas já está recuperado. Estatística O Brasil possui 15 milhões de analfabetos. A escolaridade média da população brasileira é de 5,3 anos de estudos das pessoas com mais de 10 anos. Entre os trabalhadores a média é mais baixa: 4 anos. Na última década, dos 10,4 milhões de jovens, entre 15 e 17 anos, apenas 1/5 deles tinham a educação básica completa. Portanto, 8 em cada dez não possuíam a educação que hoje é considerada necessária para conseguir um emprego. Processo O presidente Fernando Henrique Cardoso está disposto a processar o governador mineiro, Itamar Franco. Itamar acusou FHC de interferir na convenção do PMDB que será realizada no próximo domingo. E mais: disse que Fernando Henrique teria usado métodos heterodoxos como coação, corrupção e liberação de verbas. A convenção do PMDB vai eleger a cúpula do partido que conduzirá o PMDB na eleição presidencial de 2002. Ética É Juvêncio Fonseca, um obscuro senador do PMDB de Mato Grosso Sul, o substituto de Gilberto Mestrinho na presidência do Conselho de Ética do Senado. Fonseca pertencia ao PFL e migrou, recentemente, para o PMDB. Mestrinho deixa a presidência do Conselho de Ética, alegando problemas de saúde. Viagem O deputado Cézar Schirmer, presidente do PMDB, perdeu o vôo para Brasília, ontem, e ficou trabalhando na sede do partido, em Porto Alegre. Schirmer traz o PMDB gaúcho unido para votar em Michel Temer para presidente do partido, na convenção do próximo domingo, aqui na Capital Federal. Topo da página

09/06/2001


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