Para Ney Suassuna, renúncia de Arruda foi um ato precipitado



O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) considerou a renúncia de José Roberto Arruda (sem partido-DF) ao seu mandato de senador como um ato precipitado. "Embora poupe o desgaste, ele não deveria ter feito isso, foi uma atitude precipitada. A continuação do processo seria uma oportunidade a mais para ele fazer sua defesa e a maioria dos senadores poderia optar por uma pena diferente da cassação", avaliou.

Comentando sobre como fica a situação do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) após a renúncia de Arruda, Suassuna disse que existem argumentos tanto para os que entendem que o senador teve sua situação facilitada como para os que acham que ele complicou-se mais ainda.

"Uns dizem que prejudica porque a renúncia estabeleceu um parâmetro: se Arruda renunciou, Antonio Carlos teria que renunciar também. Outros falam que na hora em que Arruda assumiu seu erro e renunciou, terminou assumindo uma boa parte da culpa, deixando Antonio Carlos livre para dizer que apenas tomou conhecimento da lista e não teve ação de punir imediatamente", comentou.

Suassuna discordou da avaliação feita por Arruda, em seu discurso de renúncia, de que a sua cassação já era um jogo de cartas marcadas. Para o senador pela Paraíba, todos os senadores, mesmo os que votaram contra o relatório do senador Roberto Saturnino (PSB-RJ), concordaram que um erro foi cometido e que, por esse motivo, o processo teria que ser aberto.

24/05/2001

Agência Senado


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