PARA SUPLICY, VISITA DE FHC AO NORDESTE É FEITA COM ATRASO E APÓS MUITOS ALERTAS



A viagem do presidente da República ao Nordeste "é importante, mas feita com atraso, diante de suas responsabilidades como chefe de Estado", afirmou hoje (dia 4) o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). O senador lembrou os seguidos avisos de que a seca no Nordeste seria intensa neste ano, feitos pelos técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Embrapa e pela comissão que examinou as conseqüências do fenômeno El Niño.

- O governo federal estava sobejamente avisado e as conseqüências da seca são dramáticas para 10 milhões de nordestinos flagelados - insistiu.

Suplicy lembrou que, em 1994, quando esteve na região em campanha para a Presidência da República, Fernando Henrique registrava seu apoio à transposição das águas do São Francisco, mas, no governo, não promoveu as medidas necessárias para torná-la realidade.

Como na campanha de 1994, acrescentou o senador, a visita de FHC ao Nordeste "foi antecipada para coincidir com a de Lula". A seu ver, o presidente teria aceito recomendação do governador do Rio Grande do Sul, Antônio Britto, que teria dito que FHC "deveria estar mais próximo das agruras populares", exemplificando com os casos dos incêndios em Roraima e da seca no Nordeste.

Dirigindo-se ao senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), líder do governo no Congresso, Suplicy disse que a lei que instituiu o programa de renda mínima social para a educação foi aprovada há exatos 145 dias e o governo ainda não editou os atos que a regulamentam. O prazo para o Executivo regulamentar a lei, fixado nela própria, era de 60 dias, frisou.



04/05/1998

Agência Senado


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