Patrocínio conclama parlamentares em defesa da hidrovia Tocantins-Araguaia



O senador Carlos Patrocínio (PTB-TO) criticou a posição assumida pelo governo de Goiás de dificultar o avanço da construção da Hidrovia Tocantins-Araguaia e conclamou a bancada federal dos estados envolvidos para que permaneça vigilante na defesa do empreendimento. Ele disse que o governo federal está aguardando apenas o licenciamento ambiental para investir, este ano, R$ 5,6 milhões na hidrovia.

- Até o final das obras, em 2003, serão aplicados R$ 97 milhões. Não posso admitir, por isso mesmo, que caprichos pessoais e relatórios infundados possam obstaculizar a implementação das obras da hidrovia - afirmou o senador.

Patrocínio reconheceu o empenho do Ministério dos Transportes em levar adiante as obras de recuperação da rodovia Belém-Brasília, a construção da Ferrovia Norte-Sul e o reinício da Eclusa do Lajeado, que permitirá a transposição do Rio Tocantins, viabilizando, de forma definitiva, o transporte fluvial entre a cidade de Peixe e Aguiarnópolis, numa extensão de 720 quilômetros.

Essa intermodalidade de transportes, ressaltou o senador, possibilitará uma redução de custos não inferior a 40% no escoamento da produção agrícola. Ele lembrou que em recente visita ao Tocantins o ministro dos Transportes, Alderico Lima, reafirmou a importância da Hidrovia Tocantins-Araguaia para o desenvolvimento econômico do país.

Ao contrário do temor apontado pela agência ambientalista goiana, disse Patrocínio, não existe evidência de que a obra vá causar qualquer dano ambiental à região por ela abrangida. Trata-se, de acordo com o senador, de uma das principais obras dentre as previstas no Plano Avança Brasil, a qual beneficiará as economias dos estados do Tocantins, Mato Grosso e Pará, além de Goiás.

Carlos Patrocínio entende que não vai ser a desobstrução de canais e o aproveitamento da calha dos Rios Araguaia e Tocantins, com a remoção de rochas e areia que atrapalharão as poucas ações ecológicas que, alegadamente, ali se desenvolvem.

- Muito ao contrário, a nova infra-estrutura facilitará a implementação de um trabalho conservacionista ainda mais arrojado e eficaz - afirmou ele.



26/02/2002

Agência Senado


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