PATROCÍNIO ELOGIA INCENTIVOS À EXPORTAÇÃO



As últimas providências tomadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio para melhorar as condições operacionais do comércio exterior brasileiro foram elogiadas nesta sexta-feira (dia 4) pelo senador Carlos Patrocínio (PFL-TO). Segundo o relato do senador, foram eliminadas várias barreiras burocráticas nas áreas de emissão de certificados, cobrança de tarifas e impostos, despacho nas alfândegas e fechamento de operações cambiais.
Com as medidas, acredita Patrocínio, as exportações passaram a ser mais facilitadas, o que deve contribuir sensivelmente para que o Brasil atinja superávit na balança comercial neste ano. Dados colhidos por ele indicam que as exportações deverão chegar a US$ 55 bilhões em 2000, registrando um crescimento de 17% em relação a 1999. As importações deverão se situar em US$ 53 bilhões, com incremento de 9%. Nesse quadro, os produtos agropecuários terão papel destacado, com superávit de US$ 13,38 bilhões e continuarão sendo determinantes na conquista dos objetivos fixados pelo governo, segundo estudos econômicos citados pelo senador.
Patrocínio ponderou que essas previsões dependem de uma série de condicionantes: crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) a uma taxa entre 3,5% e 4% este ano, recuperação das economias européia e japonesa, manutenção do andamento da economia americana e equilíbrio das taxas de juros internacionais. O bom desempenho do Brasil na área de comércio exterior no início deste ano mostra um horizonte favorável no setor, segundo Patrocínio.
Ele mencionou ainda a promessa do governo de que o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá desembolsar R$ 6 bilhões para o programa de financiamento de longo prazo às exportações. O montante, destacou o senador, refletiria um crescimento de 60% sobre o total de recursos desembolsados pelo BNDES com a mesma finalidade em 1999.
- O panorama internacional é hoje bem mais favorável ao Brasil do que há um ano, quando o choque da crise cambial abalou as estruturas do Plano Real. Só nos resta continuar acreditando na competência do governo e no espírito empreendedor dos nossos empresários - afirmou Patrocínio.
Em aparte, o senador Lauro Campos (PT-DF) abordou as contradições da política econômica do governo. Campos observou que o Brasil voltou a adotar - depois de um período de estímulos às importações - o lema mercantilista do "exportar é o que importa". Ele se disse contrário a essa política, por entender que os superávits comerciais normalmente significam transferência de riquezas reais ao exterior.
-Patrocínio disse entender o contrário. Para ele, ao trabalhar com déficits comerciais, um país acaba gerando empregos fora de seu território e causando desemprego internamente.

04/02/2000

Agência Senado


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