Paulo Davim cobra fontes de financiamento para saúde durante Fórum Nacional de Saúde Ocular
A necessidade de mais recursos para a saúde pública foi defendida na manhã desta quarta-feira (29) pelo senador Paulo Davim (PV-RN) durante o 4º Fórum Nacional de Saúde Ocular, que está sendo realizado no Auditório Petrônio Portela, no Senado. Segundo o parlamentar, a regulamentação da Emenda Constitucional 29/2000, assegurando investimentos mínimos do poder público não resolveu o problema do setor.
O evento, uma realização conjunta do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e do Senado, com apoio da Câmara dos Deputados e do Ministério da Saúde, reúne parlamentares, gestores públicos, oftalmologistas e entidades que representam os pacientes, para discutir políticas públicas na área de saúde ocular.
De acordo com o senador, houve uma redução percentual de investimentos no setor desde 1995, quando a União destinava 9,6% de sua receita bruta para a saúde, contra os 7% aplicados atualmente.
Segundo o parlamentar, a discussão sobre novas fontes de financiamento para a saúde pública é um dos temas mais importantes que o Senado precisa enfrentar este ano.
- Aqui no Senado está sendo instalada uma comissão para pensar em propostas alternativas de financiamento. Precisamos de um aporte maior de recursos para o setor - afirmou o senador.
Também presente ao evento, a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) garantiu empenho dos senadores na discussão de políticas públicas que contribuam com a prevenção e o tratamento de doenças oculares.
- Cientistas e parlamentares são responsáveis por criar condições para que a população que padece de problemas de visão possa sair da escuridão. Precisamos vislumbrar políticas públicas que venham ao encontro das necessidades da saúde ocular no Brasil com inclusão social - disse Lúcia Vânia.
Saúde ocular
Prevenção da cegueira, inserção social do deficiente visual e programas públicos de atendimento oftalmológico estão entre os temas em discussão no 4º Fórum Nacional de Saúde Ocular.
A longa espera por cirurgias de catarata e por transplantes de córnea é uma das preocupações dos especialistas que atuam na área. Segundo informações da CBO, o país já chegou a realizar 600 mil cirurgias de catarata por ano e hoje realiza pouco mais de 450 mil anualmente. A entidade também informa que a fila de espera por córneas para transplante reúne cerca de 20 mil pessoas.
A programação completa do 4º Fórum Nacional de Saúde Ocular está disponível no site da CBO, no endereço http://www.saudeocular.org.br/programacao.html
29/02/2012
Agência Senado
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