Paulo Davim critica relatório de Aldo Rebelo e defende adiamento da votação do Código Florestal na Câmara




O senador Paulo Davim (PV-RN) alertou em Plenário, nesta quarta-feira (5), para a necessidade de aprofundamento das discussões sobre o novo Código Florestal (PL 1876/99), antes de sua votação no Plenário da Câmara dos Deputados.

Ele considera indispensável um prazo maior para se debater o tema, a fim de que a nova lei a ser criada seja "eficaz e duradoura" e não venha a ser objeto de futuros questionamentos na Justiça.

- A legislação brasileira, da qual eu me orgulho, é considerada uma das mais avançadas no tocante à proteção ambiental. O que está lá no texto é um retrocesso e vai expor nosso patrimônio ecológico e ambiental, e vamos pagar um preço muito alto por isso - afirmou, asseverando que votar uma matéria como o Código Florestal não pode ser votada "no afogadilho", o que classificou como uma "temeridade".

Na avaliação de Paulo Davim, não haveria necessidade de grandes alterações no Código Florestal. Ele classificou de retrocesso as modificações propostas no relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que levaria a graves danos o patrimônio ecológico-ambiental brasileiro.

Na visão do parlamentar, a aprovação do texto de Aldo Rebelo levaria a uma perda de biodiversidade tanto de espécies da fauna quanto da flora brasileiras, impossibilitando até as pesquisas para o desenvolvimento de pesquisas de novos medicamentos para a indústria farmacêutica.

- Milhares e milhares de medicamentos e de vacinas são extraídos da nossa biodiversidade. É por isso que a gente defende com tanto afinco o nosso ecossistema, porque, se temos as mazelas da natureza, a própria natureza oferece o antídoto e, no futuro, a gente vai precisar lançar mão desse arsenal desconhecido que temos nos nossos biomas - previu.

Em aparte, o senador Antonio Calos Valadares (PSB-SE) manifestou seu apoio ao discurso de Paulo Davim, afirmando que, na hipótese de as modificações propostas por Aldo Rebelo serem aprovadas de forma apressada pela Câmara dos Deputados, isto não ocorrerá no Senado.



04/05/2011

Agência Senado


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