Paulo Octávio condena aumento de tributos



A decisão do governo de aumentar de 1,08% para 2,88% a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) foi classificada pelo senador Paulo Octávio (PFL-DF) nesta sexta-feira (29), em Plenário, como -escorchante-. Ele também condenou o aumento de 3% para 4% da alíquota da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Ambas entram em vigor na próxima segunda-feira (1°).

Paulo Octávio observou que a majoração dos impostos atingirá em cheio todos os brasileiros, prejudicando ainda mais o contribuinte que, notou, já é sacrificado com a alta carga tributária, considerada uma das maiores do mundo. Com relação ao aumento do CSLL, -uma majoração recorde-, o senador observou que a contribuição incide pesadamente sobre setores considerados sensíveis da classe média, como médicos, dentistas, mecânicos e advogados, entre outros, ou seja, trabalhadores que se tornam pessoas jurídicas.

- Isso quer dizer que, com o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, os pacientes de médicos e dentistas ou quem necessitar de um mecânico ou de um advogado irão pagar mais caro pelos serviços oferecidos já a partir de segunda-feira, o que, certamente, ajudará a empurrar a inflação para cima - alertou o senador.

Para protestar contra os aumentos, Paulo Octávio informou que o PFL fará manifestações por todo o país na próxima segunda-feira, às 15h. No Distrito Federal, o protesto, denominado -Dia da Forca, Manifestação Nacional contra o Partido dos Tributos-, será em frente ao Congresso Nacional.

O senador Edison Lobão (PFL-MA), em aparte, concordou com as preocupações de Paulo Octávio e observou que esses aumentos prejudicam o país como um todo. Ele também se manifestou apreensivo com a reforma tributária em discussão no Congresso Nacional. A seu ver, a reforma tem que ser feita, mas deve levar em conta os -legítimos- interesses dos estados. Já o senador Mão Santa (PMDB-PI), também em aparte, condenou o aumento da carga tributária e afirmou que -o presidente Lula está se transformando num office-boy dos banqueiros internacionais-.



29/08/2003

Agência Senado


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