Paulo Paim defende proposta alternativa para Previdência



Coordenador da Frente Parlamentar de Entidades Civis e Militares em Defesa da Previdência Social Pública, o senador Paulo Paim (PT-RS) informou nesta terça-feira (20) que, no próximo dia 2 de junho, esse fórum levará ao ministro da Previdência e Assistência Social, Ricardo Berzoini, proposta alternativa de reforma, que recomenda inclusive a dispensa de contribuição dos inativos.

De acordo com o parlamentar, que exerce a Presidência do Senado durante ausência do presidente José Sarney, esse documento deve sugerir que, em nenhuma hipótese, alguém possa ganhar mais que o salário do presidente. O documento também vai propor que todos contribuam para a Previdência, não se limitando essa contribuição ao teto de R$ 2.400, como está previsto na proposta do governo.

No entender de Paim, o texto a ser levado pela frente de entidades ao governo propiciará mais recursos para a Previdência. -É uma proposta alternativa, que não vai conflitar com o governo, pelo contrário, vai ajudar-, afirmou o senador. Ele coordenou reunião em que esse fórum ouviu Luiz Antonio Castanha Maia, advogado especialista em seguridade, dizer que a Previdência perderá dinheiro se for aprovada a reforma do governo.

- Vamos tentar demonstrar que a proposta do governo, como está, infelizmente não contribui em nada para melhorar a arrecadação da Previdência. Maia demonstrou que, ao fixar o teto de contribuição da Previdência em R$ 2.400, o governo vai deixar de arrecadar o montante que ele arrecadava acima disso. E, na hora de pagar os que já estão aposentados, o governo terá um déficit ainda maior na Previdência - afirmou Paim ao sair da reunião.

O senador informou que o documento a ser elaborado por esse fórum conterá, entre outras idéias, a tese do advogado Castanha Maia, sempre no intuito de construir propostas alternativas que garantam efetivamente o superávit da Previdência. Ele também disse que é para apresentar essa proposta alternativa que o fórum está realizando encontros com especialistas em Previdência. Ainda sobre o teto salarial, Paim afirmou:

- Nós entendemos que o princípio da aposentadoria integral tem que ser mantido, desde que haja efetivamente um teto que acabe com os marajás. Eu, por exemplo, acho que o teto tem que ser de no máximo R$ 8.500 e não de R$ 17.800, como está sendo proposto hoje.



20/05/2003

Agência Senado


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