Paulo Paim: "Reforma pune o pobre a beneficia o rico"
O senador Paulo Paim (PT-RS) disse que os senadores ainda podem fazer -um grande entendimento- com o governo sobre a reforma da Previdência e criticou pesadamente dois pontos do projeto - a falta de paridade para atuais servidores e de uma fase de transição entre o atual e o novo sistema de aposentadorias do serviço público.
- A reforma está punindo os pobres que começaram a trabalhar cedo, muitos aos 15 anos, porque eles terão que se aposentar aos 60 anos. Já os ricos, que ficaram aproveitando sua juventude e só começaram a trabalhar aos 25 anos, terão o mesmo tratamento que os pobres. Do jeito que está, o pobre terá de trabalhar 45 anos para se aposentar e os ricos 35 anos. É uma injustiça total - frisou.
Paulo Paim disse não entender a lógica dos governistas, -que aceitam fatiar a reforma tributária, permitindo que ela volte à Câmara-, mas não aceitam fatiar a reforma da Previdência, para que ela não volte ao exame dos deputados.
- Por que uma pode e a outra não? É preciso um grande entendimento sobre as reformas, mas não estou vendo isso - acrescentou.
O senador disse que recorreu às notas taquigráficas da Câmara e está provado que o relator da reforma da Previdência, deputado José Pimentel, garantiu em discurso que o governo tinha colocado paridade integral para os atuais servidores.
- Isso inclusive saiu na imprensa muitas vezes, mas não é verdade. O texto não garante a paridade para quem está hoje no serviço público.
04/11/2003
Agência Senado
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