Paulo Paim teme retrocesso na integração de deficientes ao mercado de trabalho



O senador Paulo Paim (PT-RS) está preocupado com três projetos que flexibilizam a lei que define cotas para contratação de pessoas com deficiência por empresas com mais de cem empregados.

A cota de deficientes corresponde de 2 a 5% do número de trabalhadores da empresa, explicou o senador.

Uma das propostas permite que, no cômputo do número de pessoas com deficiência contratadas, a empresa possa levar em conta os aprendizes deficientes.

Outra dá às empresas o direito de escolher entre a contratação de pessoas com deficiência ou patrocinar atletas paralímpicos. Por fim, uma terceira proposta prevê a aplicação de multa às empresas que não cumprirem a Lei de Cotas.

Para Paulo Paim, essas propostas vão na contramão da tendência atual de integrar as pessoas, sejam deficientes ou não.

De acordo com o DataSenado, são 320 mil trabalhadores com deficiência atualmente. Esse número é 11,5% maior do que o registrado em 2010, disse ele.

- É preciso elaborar políticas públicas que visem à formação técnica e à qualificação de pessoas com deficiência para o trabalho. Mas isso não nos deve deixar esquecer que a maior barreira enfrentada pela pessoa com deficiência no acesso ao mundo do trabalho ainda é o preconceito. É a associação feita entre deficiência e incapacidade - afirmou o senador.



18/02/2014

Agência Senado


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