Pavan critica omissão do governo em greve da vigilância sanitária
O senador Leonel Pavan (PSDB-SC) condenou o que considera inércia do governo para resolver o problema da greve da Polícia Federal e do serviço de vigilância sanitária nos portos brasileiros.
- No caso da Polícia Federal, a investigação do caso Waldomiro Diniz está parada, e talvez seja isso o que quer o governo. No caso do Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Ministério da Agricultura, pode haver a paralisação das indústrias de processamento de carne, o que causaria prejuízos de R$ 15 milhões por dia à economia de Santa Catarina, por exemplo - disse o senador.
Pavan disse que os maiores problemas se concentram na região oeste de Santa Catarina, onde existem as maiores agroindústrias, e onde 40 fiscais estão parados, sendo 11 somente da cidade de Chapecó.
- No ano passado, Santa Catarina abateu 614,7 milhões de aves e 6,4 milhões de suínos. No último mês, foram 50,8 milhões de aves (frangos e perus) e 542 mil suínos - disse. Segundo ele, diante da impossibilidade de se estocar toda a produção, ou obter certificados de exportação, as indústrias podem ser obrigadas a paralisar o abate. "O que causa prejuízo ao meu estado, Santa Catarina, causa também prejuízo ao país, porque acontece uma queda de receita", afirmou Pavan.
Em aparte, o senador Gerson Camata (PMDB-ES) disse que, no Espírito Santo, maior produtor de mamão papaia do país, os produtores da fruta foram à Justiça para conseguir a ação da vigilância sanitária. Ele disse que o Congresso deveria aprovar uma lei que garantisse ao presidente ou aos governadores o direito de prover uma vigilância sanitária privada, caso o setor público entrasse em greve.
Leonel Pavan aproveitou o discurso para falar da indignação do povo de Santa Catarina com o descaso do governo federal para com a BR-101.
- Neste dia 17, chegou a Santa Catarina a marcha de políticos de todos os partidos, inclusive da base do governo, para sensibilizar o governo para a necessidade de se duplicar a rodovia em seu trecho sul - disse. Segundo o senador, desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ele ouve mensalmente promessas que nunca se cumpriram.
17/03/2004
Agência Senado
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