Pesquisas dão vitória fácil para Roseana
Pesquisas dão vitória fácil para Roseana
Levantamento da CNT/Sensus e do Datafolha apontam derrota de Lula no segundo turno das eleições, este ano.
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), derrotaria com facilidade o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo turno das eleições presidenciais deste ano. A previsão é da pesquisa do Instituto Sensus e da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgada ontem.
Roseana teria 48,6% dos votos contra 36% para Lula. Todos os cenários montados pelo Instituto Sensus com relação às intenções de voto para as eleições presidenciais de outubro revelam um empate técnico entre Lula e Roseana. O melhor desempenho do petista, de acordo com a pesquisa seria numa disputa sem a participação da governadora do Maranhão (veja quadro ao lado), quando poderia ganhar.
De acordo com a pesquisa CNT/Sensus realizada como dois mil entrevistados entre os dias 14 e 21 de fevereiro, em 24 estados, Lula e Roseana Sarney estão empatados nas intenções de voto no primeiro turno da eleição e com boa margem de vantagem sobre os demais candidatos. O mesmo empate foi registrado na pesquisa do instituto Datafolha, divulgada no fim de semana.
Segundo a pesquisa CNT/Sensus, Lula manteve-se praticamente estável, passando de 26,1% das intenções de voto no mês passado para 26,2%. Já Roseana oscilou para cima de 22,7% para 24,5%. O ex-ministro José Serra (PSDB) subiu de 7,0% para 9,2%, em quarto lugar, enquanto o governador do Rio, Anthony Garotinho (PSB), em terceiro, recuou de 15,1% para 12,3%. As variações dos candidatos, entretanto, se encontram dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 3%.
Já na pesquisa Datafolha, realizada nos dias 21 e 22 de fevereiro em todo o País, Lula caiu para 26% das intenções de voto para o primeiro turno, enquanto Roseana subiu para 23%. Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, os dois candidatos estão tecnicamente empatados.
No caso de um segundo turno entre Lula e Roseana, o candidato petista perdeu mais votos em relação à última pesquisa divulgada pelo instituto. Na última pesquisa, Roseana derrotaria Lula por 46% a 40%. Já nos resultados divulgados sábado, a derrota ficaria em 51% para Roseana a 39% para o petista. Roseana dobrou a vantagem que teria, em pontos percentuais, sobre Lula no segundo turno de acordo com a pesquisa de fevereiro.
Proibidos aumentos para planos de saúde
Agência impede empresas de elevar as mensalidades a pretexto de enfrentar a epidemia de dengue.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, vai proibir as operadoras de planos e seguros de saúde de reajustar a mensalidade em virtude do atendimento dos casos de dengue. Algumas operadoras de planos de saúde chegaram a pedir repasse de supostos prejuízos com o atendimento da dengue para a ANS.
Mas o diretor-presidente da ANS, Januario Montone, disse que não faz o menor sentido aumentar as mensalidades dos planos de saúde em conseqüência de aumento no atendimento de dengue. "Essa assistência a pacientes com dengue faz parte do rol obrigatório de doenças que os planos de saúde têm de atender".
O serviço Disque ANS (0800-7019656), que atende gratuitamente consumidores de todo o país que desejam tirar dúvidas ou fazer denúncias recebeu 16 reclamações contra operadoras de planos de saúde por falta de atendimento de paciente com suspeita de dengue. Estas reclamações já estão sendo apuradas. Até hoje, foram seis casos no Rio de Janeiro, três em Goiás, dois em São Paulo e dois em Mato Grosso do Sul.
Os consumidores também podem fazer reclamações à ANS pela Internet. Todas as reclamações geram ações de fiscalização da agência e, se comprovado a falta de atendimento, as operadoras responsáveis podem ser multadas em até R$ 50 mil. Estas multas podem também ser agravadas se houver reincidência por parte das administradoras.
Aluno já pode pedir custeio da faculdade
Inscrição para o financiamento de mensalidades de escola superior está aberta desde ontem, na internet.
Os estudantes de faculdades particulares podem, desde ontem, pedir financiamento das suas mensalidades. As inscrições para o Financiamento Estudantil (Fies) podem ser feitas pela Internet até o dia 22 de março. Neste semestre, serão oferecidas em todo o País 30 mil novas vagas em 1.246 instituições de ensino superior que aderiram ao programa.
Os interessados no Fies devem fazer a inscrição no site do Ministério da Educação ( www.mec.gov.br ) ou no da Caixa Econômica Federal ( www.caixa.gov.br ). Para preencher o formulário virtual é preciso apresentar os seguintes dados: CPF, documento de identidade, dados acadêmicos – área de conhecimento, curso, habilitação, turno e regime acadêmico –, além de dados gerais: semestres já cursados, valor integral da mensalidade, percentual de financiamento desejado, número de pessoas da família e renda familiar.
O critério de seleção leva em conta a renda familiar, o tamanho da família, as condições de moradia, o nível de escolaridade do candidato e, ainda, a existência de doença crônica ou outro estudante de faculdade paga no grupo familiar. As informações prestadas pelos estudantes serão confirmadas por uma comissão.
A estudante de Turismo da UPIS Iyad Seguins, 22 anos, conseguiu o financiamento quando estava no terceiro semestre. Ela paga apenas 30% da mensalidade. "Financiar é necessário para quem não tem condições de pagar", conta Iyad que trabalha numa agência de viagens e vai se formar no fim deste ano. Segundo ela, os alunos que têm financiamento não podem sofrer muita reprovação, pois isso eleva o total a pagar mais tarde.
A estudante diz que é importante verificar se a faculdade está cadastrada no programa. Depois da inscrição deve entregar o protocolo na faculdade. "Aí é só esperar sair a listagem na faculdade, providenciar um fiador, ir à Caixa e assinar a papelada", explica Iyad.
Brasilienses preferem usar cartão de crédito
Pesquisa mostra que cartão passa dinheiro e cheque como forma de pagamento no Centro-Oeste.
O brasiliense está usando mais o cartão de crédito.
Pesquisa feita pela Credicard mostra que o cartão é a forma de pagamento preferida na região Centro-Oeste. Ele é usado por 32% das pessoas nas suas despesas mensais. A segunda opção é o dinheiro, com 29%, seguida pelo cheque, preferido por 24% das pessoas, o débito em conta é usado por 9% e 6% optam por outras modalidades.
A classe média é a grande usuária do cartão. Nos últimos dois anos a média mensal de gastos entre pessoas com renda acima de R$ 2,5 mil cresceu 31,8% passando de R$ 305,00 para R$ 402,00. "Como essas pessoas têm em média 3,1 cartões o gasto mensal chegou a R$ 1.245,00 no ano passado", informa o diretor de relações corporativas da Credicard, Marcelo Alonso.
Em todo o País esse universo abrange 2,5 milhões de pessoas, sendo que 12% estão no Centro-Oeste. "Depois do Sudeste, o Centro-Oeste é a região que possui o maior número de pessoas nessa situação, graças à participação de Brasília", informa Alonso.
De acordo com o levantamento da Credicard a região detém ainda os maiores percentuais de uso do dinheiro de plástico na compra de alimentos e de roupas. Enquanto no Brasil a média é 51% das pessoas usarem cartão para pagar despesas com roupas, no Centro-Oeste esse percentual chega a 60%.
Da mesma forma, 45% dos gastos em supermercados são pagos com cartão na região. No País a média de uso é de 40%.
A estimativa da Credicard é de que o mercado de cartões de crédito deverão fechar este mês com R$ 4,8 bilhões em faturamento. Esse volume é 16,3% maior que o obtido no mesmo período do ano passado.
A previsão é de que sejam feitas 70 milhões de transações com cartões em todo o País e o tíquete médio de compra fique em R$ 69.
Para este ano a expectativa do diretor da Credicard é de que o setor fature 16% a mais do que R$ 58,6 bilhões atingidos no ano passado.
"Esse crescimento aconteceu porque as pessoas estão substituindo outras formas de pagamento (cheque e dinheiro) pelo cartão. Além disso tivemos um aumento no número de cartões que passou de 29,2 milhões em fevereiro de 2001 para 35,3 milhões neste mês", conclui Marcelo Alonso.
Termina na quinta-feira prazo para evitar a cassação do CPF
Termina nesta quinta-feira, dia 28, o prazo para que dez milhões de pessoas em todo o País se livrem da cassação de seu CPF (Cadastro de Pessoa Física). Elas perderão o direito de abrir contas bancárias, receber aposentadorias e participar de concurso público caso não regularizem sua situação na Receita Federal.
Elas fazem parte de uma relação de contribuintes que não entregaram a declaração do Imposto de Renda – ou declaração de isento – nos últimos dois anos.
"Quem se enquadrar nessa situação, e quiser evitar ter o CPF cassado, terá que procurar uma agência do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal e fazer o pedido de regularização", informa o supervisor nacional do Programa do Imposto de Renda (PIR), André Viol.
Por cada formulário o contribuinte terá que desembolsar R$ 4,50.
Na quinta-feira também termina o prazo para que as empresas forneçam a seus funcionários o comprovante de rendimentos de 2001.
Quem não receber o comprovante deve denunciar a empresa ao fisco. A multa por documento não entregue é de R$ 41,43. A empresa também pagará multa, no mesmo valor, se prestar informação errada.
Nos próximos dias a Receita estará disponibilizando o programa para o preenchimento da declaração deste ano. A partir do dia 1º de março as declarações começam a ser recebidas pela Internet. O prazo termina no dia 30 de abril.
Quem se antecipar e fizer logo o acerto de contas com o Leão terá prioridade no recebimento da restituição.
Estão obrigados a apresentar a declaração quem recebeu durante 2001 rendimentos tributáveis (salários, aluguel, aposentadoria etc) superiores a R$ 10.800,00.
Este ano o fisco exige que os bens no exterior (imóveis, conta-corrente, aplicações) sejam informados.
Outra exigência é a de informar todas as fontes pagadoras (e não mais só a principal) para quem usar o modelo simplificado.
O contribuinte também terá que prestar atenção nos códigos de ocupação. Eles foram modificados mais uma vez este ano.
Consulta – Para saber se o CPF poderá ser cassado consulte o site da Receita no endereço www.receita.fazenda.gov.br.
Brasil terá primeiro banco de dados de plantas medicinais
O Brasil começou a desenvolver o primeiro banco de dados para mapear a enorme biodiversidade de plantas medicinais existentes no País, uma iniciativa que ajudará no combate ao comércio ilegal de vegetais como o guaraná e arnica, anunciou hoje o Ibama.
"Só com conhecimento é que nós efetivamente vamos disciplinar, ordenar e combater o uso ilegal destes recursos", disse o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), Hamilton Casara.
Segundo ele, também haverá "forte trabalho de educação ambiental junto às comunidades, corrompidas pelo braço da atividade ilícita do tráfico".
O Brasil é considerado um dos países mais privilegiados do mundo em termos de reservas de plantas medicinais – como a aroeira, que combate inflamações, e a sucupira, que previne dores de garganta. Essa riqueza e diversidade faz do Brasil um dos maiores alvos de pirataria.
Segundo Casara, as plantas são levadas, nem sempre legalmente, para outros países, e reexportadas para cá em forma de produtos industrializados. Isso acontece porque nem sempre existem tecnologias adequadas para o desenvolvimento dos medicamentos no País.
Isso explica porque algumas plantas, como o ginseng e a arnica, fazem parte tanto da pauta de exportações quanto de importações brasileiras.
Estados Unidos e Alemanha estão entre os maiores consumidores dos produtos naturais brasileiros. Entre 1994 e 1998 eles importaram, respectivamente, 1.521 e 1.466 toneladas de plantas, que seguem para esses países sob o rótulo genérico de "material vegetal do Brasil", de acordo com Ibama.
Artigos
Estelionato institucional
Eduardo Brito
O seqüestro do publicitário Washington Olivetto serviu, ao menos, como uma advertência para o ressurgimento de uma antiga forma de estelionato. Algo que surgiu à época das ditaduras militares que ensanguentaram a América Latina. Era a figura do falso combatente, do esquerdista fajuto, do guerrilheiro de mesa de bar.
Todos os que têm hoje mais de trinta ou trinta e cinco anos conheceram alguns desses tipos. Quase sempre limitavam-se a adotar um perfil heróico e a agir de acordo com ele. Dava certo para algumas finalidades. Havia até os que realmente acreditavam no papel que desempenhavam.
Dizem que a coisa começou muito antes. Atribui-se a um quatrocentão paulista a primazia. Vendo velhos amigos serem presos, após a revolta de 1932, ele telefonou à polícia política de Filinto Müller para avisá-la de que esquecera um perigosíssimo conspirador. Deu, claro, o próprio nome.
- Ora, esse nós conhecemos e é só um imbecil, respondeu o tira.
– Imbecil é você, desgraçado, contra-atacou o quatrocentão, injustiçadíssimo.
O filho de um próspero, mas sovina empresário, nos idos de 1968, também não teve dúvidas. Estocou coquetéis molotov em casa e deixou o velho descobrir. Confessou então que pertencia a um grupo guerrilheiro e garantiu que precisava fugir do País. Faturou gostosos anos de ócio em Paris. Mais tarde, com o PMDB no governo estadual, ainda faturou um cargo de diretor de importante museu.
O estelionato extemporâneo ressurge hoje sob novas roupagens. É o caso das pensões atribuídas a quem foi perseguido pela ditadura. Dela gozam hoje, ao lado dos que efetivamente foram perseguidos, conhecidíssimas figurinhas que faziam, sim, sua guerrilha. Emboscavam bolinhos de bacalhau, detonavam sucessivos chopes e metralhavam com argumentos contundentes os companheiros de mesa, tudo isso quando não revelavam indiscretamente suas convicções ostentando cubas-libres. Se perdiam empregos, isso se devia mais ao fato de não serem levados a sério e menos a seu terrorismo verborrágico. Hoje, alguns mamam indenizações.
Esses casos, de figuras originais e inofensivas que só causam dano ao Erário, não se comparam, porém, ao de outros delinqüentes, que acoplam o estelionato a delitos muito mais graves.
Os seqüestradores de Olivetto constituem um exemplo acabado de estelionato armado. Ninguém sabe em que medida foram guerrilheiros de verdade, mas hoje certamente não o são. A melhor definição para eles foi dada por um delegado paulista: estão perdidos no mundo como um bando de samurais medievais cujo suzerano morreu. Além de cometerem crimes hediondos, inclusive com requintes de tortura, utilizam os próprios familiares para defenderem sua imediata libertação, apresentando-os como mártires revolucionários.
Conhece-se ao menos um caso de otário que se deixou enganar. Foi o governo brasileiro, no lamentável episódio dos dondocos canadenses que hoje estão numa boa, em seu país, após aqui seqüestrarem Abílio Diniz.
Há ainda o estelionato de massa, como o praticado pelas Farc. Até as carreirinhas de pó colombiano que trafegam pela Zona Sul do Rio sabem que se trata apenas de uma gangue nutrida pela extorsão, pelo pedágio e pe lo tráfico. Mesmo assim, ganharam estandes no happening de Porto Alegre, com direito a festa do MST e fotos com José Bové, aquele que entra e sai do Brasil não se sabe como.
É, tem mesmo brasileiro chegado a cair em conto do vigário.
Colunistas
CLÁUDIO HUMBERTO
PSB quer CPI da Dengue
O deputado Alexandre Cardoso (RJ), que também é médico, apresenta hoje, em nome do PSB, um projeto criando a CPI da Dengue na Câmara. Depois do jogo de empurra entre governo federal, prefeituras e governos estaduais, "é preciso apurar responsabilidades, até para evitar uma nova epidemia no próximo verão". O deputado desafia o PSDB a apoiar a CPI, já que o governo federal acha que o Ministério da Saúde fez a sua parte.
Invasão ignorada
Cinqüenta agentes de endemias, demitidos em 1999, invadiram desde o dia 20 a Fundação Nacional de Saúde, no Rio. A coordenadora Jônia Oliveira está evadida devido a uma ordem de prisão. É que os agentes, bem treinados, têm ganho na Justiça o direito a reintegração ao trabalho, mas o ex-ministro José Serra se recusou a cumprir a ordem judicial.
Limpeza total
Atendendo recomendação do amigo e chefe FhC, o novo diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), embaixador Sebastião do Rêgo Barros, com a discrição e a eficiência de diplomata, botou no olho da rua todos – todos – os assessores deixados pelo antecessor, o ex-primeiro-genro David Zylwk171$putz. Não deixou pedra sobre pedra.
Careca em alta
A nova pesquisa CNT-Sensus informa que, dos candidatos a presidente, o que apresenta menor índice de rejeição é José Serra. O fato provoca mudanças no marketing tucano, que joga no lixo todos os slogans. Fica valendo um novo: "É dos carecas que elas (as pesquisas) gostam mais".
Campanha em xeque
O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) vai à Justiça, amanhã, para retirar do ar a milionária campanha publicitária que mostra, na TV, líderes das centrais Força Sindical e SDS defendendo projeto do governo que altera a legislação trabalhista. Além da liminar com efeito suspensivo, ele vai ajuizar uma ação popular para que os cofres públicos sejam ressarcidos.
Bico na canela
Zico não gostou de ouvir Fernando Henrique defendendo a convocação de Romário, seu desafeto. Para ex-craque, em vez de meter o bedelho no time de Felipão, FHC deveria legar ao País uma política de saúde pública que protegesse o povo de doenças como a dengue.
Molhou geral
Conselho ao presidente que andou inflando várias candidaturas anti-Lula: quem brinca com Garotinho acaba se molhando.
Aprendizes do FBI
Por trinta dias, 50 agentes da Polícia Federal receberão treinamento no laboratório do FBI em Quantico, na Virgínia. A PF vai aprender a montar um banco nacional de DNA e aprimorar o combate a crimes na Internet. O "Carnivore", sistema de rastreamento de mensagens eletrônicas do FBI, é capaz de vasculhar milhões de mensagens em segundos.
Mão de vaca
FhC disse em Varsóvia que o Brasil é "uma das maiores economias do mundo". Tem razão: os brasileiros economizam comida, remédio, luz, roupa, telefone, aluguel etc. etc.
Carteira revogada
O Conselho Nacional de Trânsito revogou a carteira de habilitação com tarja dourada, instituída em 2001 para os bons motoristas, aqueles que não tinham multas. É que a carteira se transformou numa dor de cabeça: se o motorista tarja dourada levasse uma multa, a carteira seria cassada e ele teria de providenciar a conversão para a carteira-padrão.
O caso é grave
Agora dá pra ver a diferença entre os Alckmins, o mineiro e o paulista. É só questão de acento e pronúncia: um era agudo e o outro é grave.
Liberdade para voar
Proibida de voar para outros países por sua ligação taleban, a empresa aérea Ariana Afghan Airlines ganhou carta de alforria no Brasil: o presidente em exercício Marco Maciel, com base em resolução da ONU, autorizou a empresa a se instalar no Brasil, se for do seu interesse. Vai demorar. Os EUA destruíram todas as aeronaves. Só restam duas.
Cobras criadas
Considerado um dos mais importantes lançamentos do ano passado, o livro "Cobras Criadas - David Nasser e O Cruzeiro" (ed. Senac, SP, 600pp), do jornalista Luiz Maklouf Carvalho, está entre os finalistas de sua categoria para o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro.
Carteirada paulista
PMs de Taubaté (SP) cospem fogo contra o governador Geraldo Alckmin, após o "sabe com quem está falando" do filho, que com um amigo furou blitz na cidade. Sobrou para os PMs, que sofrem processo de "abuso de autoridade". Em favor deles, o testemunho do filho do prefeito tucano José Bernardo Ortiz Jr., confirmando a carteirada.
Corrupção sobre rodas
Comprar automóveis superfaturados é mesmo um grande negócio na Polícia Rodoviária Federal. O ex-diretor-geral Lorival Carrijo da Rocha está enrolado no TCU e no MPF, com a compra, sem licitação. de 220 D-20 da GM, transformadas em Veraneio pela Envemo Engenharia. Foi há sete anos e o processo rola qual bola.
Poder sem pudor
O charme do senador
O ex-marinheiro Agenor Maria acabara de eleger-se senador pelo Rio Grande do Norte, derrotando Djalma Marinho. Chegando em Brasília, foi ao gabinete do conterrâneo Dinarte Mariz, para uma visita de cortesia, e comunicou-lhe que se inscrevera num curso de Madureza, porque reconhecia que precisava ilustrar-se.
– Mas, Agenor, pra que você quer ilustrar-se? Justamente seu charme é ser analfabeto...
Editorial
OS NOVOS BÓIAS-FRIAS
Ainda não há definição de como será entregue o chamado vale-gás para as famílias que, embora tenham direito, não estão inscritas em outros programas do governo, como o Renda Minha e o Bolsa-Escola Federal. Isto significa que mais de 60 mil famílias brasilienses terão que esperar mais um pouco para pode comprar gás mais barato e, carentes, terão que pagar o mesmo preço, recentemente reajustado, que os cidadãos de melhor renda.
A Caixa Econômica Federal, responsável pela distribuição, não consegue definir os critérios para a escolha e vem adiando o problema, sem se importar para o "detalhe" de que pode estar transformando milhares de pessoas em bóias- frias, uma vez que o aumento do botijão de gás restringe sua venda para famílias de baixa renda.
Há que se apresentar uma solução rápida para o problema. Espera-se que hoje, ao contrário do que aconteceu antes, os representantes da Caixa Econômica compareçam à reunião para definir como será a entrega do benefício para as famílias.
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02/26/2002
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