Petistas anunciam hoje devolução da sede para o Clube
A Executiva estadual também irá formalizar o rompimento com a entidade e a desfiliação de Diógenes de Oliveira
O partido vai procurar outro local para o diretório. O novo prédio deverá ser comprado com a ajuda da militância. A campanha para as doações será lançada hoje.
O PT gaúcho anuncia hoje, durante reunião da Executiva Estadual, a devolução da sede estadual do partido e o rompimento formal com o Clube de Seguros da Cidadania. Os líderes petistas também divulgarão a desfiliação de Diógenes de Oliveira, presidente do Clube, e o lançamento da campanha para comprar uma nova sede.
O empréstimo do prédio através do Clube e a ligação da entidade com o jogo do bicho se transformaram nos principais alvos da CPI da Segurança.
De acordo com o secretário-geral do partido, Francisco Vicente, não houve qualquer determinação da Executiva Nacional para que a sede fosse devolvida.
No encontro de hoje, também será comunicado o adiamento do prazo de inscrições para as prévias que escolherão o candidato à sucessão de Olívio Dutra. As inscrições só serão feitas no final do Fórum Social Mundial, que vai de 31/01 a 5/02.
Oficina de Carneiro é credenciada à Brigada.
O ex-tesoureiro presta serviços ao governo através da empresa do irmão.
O conserto de quatro carross da Brigada Militar pela oficina Matuzalém abriu mais um capítulo no caso do suposto envolvimento do Governo do Estado com o jogo do bicho. Isso porque a oficina é da família de Jairo Carneiro, ex-tesoureiro do FIT e expulso do partido.
Carneiro desencadeou a investigação da CPI da Segurança, depois que apontou a ligacão do partido com o jogo do bicho. Semanas depois, ele recuou e disse que havia mentido para se vingar do PT.
O relator da CPI, Vieira da Cunha (PDT), acredita que a prestação de serviço pela oficina seja parte de um acerto para "calar" o ex-tesoureiro. "Quanto mais tempo passa, mais fatos se entrelaçam e reforçam as conclusões da CPI", disse o deputado.
Carneiro rechaçou a denúncia, lembrando que a oficina da qual é gerente tem capacidade para o serviço. "Se o governo não aceitasse nossa proposta na tomada de preços porque fui filiado ao PT e cometi um erro, eu estaria sendo discriminado", lembrou.
O governo divulgou nota esclarecendo que o Centro de Motomecanização da Brigada Militar é responsável pela manutenção de 1,7 mil viaturas. O setor compra peças e requisita consertos de outras 50 oficinas, sem licitação por tratar-se de situação emergencial que pode representar prejuízo à segurança de pessoas, como permitem uma lei federal e outra estadual.
Corrupção custa R$ 6.650 para cada brasileiro
Pesquisa mostra que os maiores alvos de negociatas são os altos executivos e lideres de países, seguidos do judiciário
Juiza Denise Frossard, que se celebrizou por processar e mandar para prisão os reis da contravenção no Rio de Janeiro, divulga dados da Fundação Getúlio Vargas.
A corrupção no Brasil tem um custo anual de R$ 6.650 per capita. Esse número, resultado de uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, foi divulgado ontem em São Paulo, pela juiza carioca, Denise Frossard, membro do conselho da ONG Transparência Brasil. Segundo ela, o custo dá corrupção no País corresponde a mais da metade da dívida externa per capita.
A corrupção diminui a produtividade e aumenta os custos. Se não houvesse corrupção no Brasil a renda de cada brasileiro seria aumentada em R$ 6.650", afirmou Denise, em palestra promovida pela Escola de Magistrados da justiça Federal da 3 a Região e pela Associação dos juizes Federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul - AJUFESP
A juíza aposentada citou uma pesquisa do Banco Mundial que mostra quem são os principais alvos da corrupção no mundo.
De acordo com o levantamento, os altos executivos e os líderes dos países ficaram em primeiro lugar com 25%, seguidos pelo judiciário, com 22%, e pela polícia, com 19%.
Presidente do PPS teme poder do grupo de Britto
Deputado federal Nelson Proença seria o nome escolhido pelos ex-peemedebista para comandar o partido socialista
O deputado federal Nelson Proença (PPS) negou ontem que vá concorrer à presidência estadual do PPS. Arnóbio Pereira, atual presidente estadual do PPS, que vai à reeleição disse que existem manobras para desestabilizar sua candidatura. Mas garantiu: "Na marra ninguém ganhará".
Proença afirmou que jamais pensou na hipótese de concorrer à presidência estadual. Ele acredita numa escolha "por consenso" e anunciou que "votará em Arnóbio" na eleição do dia 8 de dezembro, durante o Congresso Estadual do PPS gaúcho.
Já o deputado estadual Mário Bernd contou que Proença foi o nome lembrado durante uma reunião de lideranças nacionais do PPS, na semana passada, em Brasília.
Bernd disse que, durante esse encontro, foram cogitados os nomes do senador José Fogaça, do ex-governador Antônio Britto e do deputado Proença. "Fogaça não pode aceitar porque vai concorrer à reeleição ao Senado Federal", comentou.
Sobre o ex-governador, afirma que "ele é o nome do PPS que concorrerrá ao govemo estadual". Britto nega candidatura, mas Bernd explica a estratégia:
“Se o Olívio e o Tarso, que vão concorrer, não assumem por que o Britto deve admitir? Quem está lançando o nome dele por enquanto é o povo e esse é que o elegerá governador novamente”.
Marchezan:"Hohlfeldt espalha versões mentirosas".
O deputado federal, Nelson Marchezan do PSDB, em resposta às acusações do vereador Antônio Hohlfeldt (PSDB), de que ele estaria dividindo o partido ao lançar uma chapa ao novo diretório estadual do PSDB, não poupou o companheiro.
"O Hohlfeldt usa a técnica de espalhar versões mentirosas e de tentar impor regras. O consenso absoluto só existe nos cemitérios", disse Marchezan. O deputado afirma que a proposta de uma chapa é "para que surjam sangues novos no PSDB. Isso é engrandecer o partido”.
Marchezan enfatiza que essas declarações de Hohifeldt não o intimidarão. "É totalmente descabido o que ele disse, e não irei me calar. Vou provocar discussão aberta e não vou permitir que sempre os mesmos tomem conta do PSDB", salienta.
Já o ex-governador Vicente Bogo disse que, com a apresentação de uma chapa, "Marchezan quer assumir o controle do PSDB. Infelizmente essas disputas podem dividir o partido".
Bogo faz parte da chapa, que tem os ex-deputados federais Adroaldo Streck e Erico Pegoraro-
A deputada federal, Yeda Crusius, que é adversária de Marchezan, disse que está trabalhando pela unidade: "Não permitirei que tentem sabotar a idéia de democracia, que é maioria dentro do partido".
Yeda afirmou que, "nos últimos dois anos, o PSDB de Porto Alegre vem assistindo a algumas ações que tendem a desqualificar a forma tucana de fazer política". A deputada disse que combaterá candidaturas personalistas que atentem contra a unidade partidária".
PDT lança Fortunati ao governo, em dezembro.
A Executiva Estadual do PDT se reuniu, ontem à tarde, para discutir os detalhes da convenção, que deverá ser realizada no dia 16 de dezembro. No encontro, o vereador José Fortunati será lançado como pré-candidato ao governo, em 2002.
O PDT também definirá, após vários adiamentos, no próximos dia três, a data para a escolha do presidente do Diretório Metropolitano. Concorrem os vereadores Nereu D'Ávüa e Isaac Ainhom e os ex-vereadores Adão Eliseu de Carvalho e Mário Fraga, sendo que este poderá retirar a sua candidatura em favor de Nereu.
O vereador acredita ser o favorito, e garante que tem o apoio de nomes importantes do partido, como o de Pedro Ruas, vice-presidente da executiva estadual do PDT
O vereador Isaac acha importante que o PDT busque estabelecer um nome de consenso. "São grandes companheiros que estão concorrendo. Para a unidade do partido, seria importante que houvesse consenso", afirma.
Isaac disse que o diretório metropolitano sempre teve um papel importante para a vida do partido.
O deputado estadual e atual presidente do diretório metropolitano de Porto Alegre, Vieira da Cunha, vai buscar estabelecer um nome de consenso. "Deve ser uma escolha harmônica, com um clima de unidade", disse. Vieira afirmou que, como atual presidente, não deve apoiar nenhum dos candidatos.
Deputados devem votar hoje alterações na CLT
Projeto de lei que permite acordos e convenções coletivas de trabalho às leis trabalhistas vigentes
A Câmara dos Deputados deve votar hoje o projeto que flexibiliza a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). A principal mudança do projeto é a permissão para que acordos e convenções coletivas de trabalho se sobreponham às leis vigentes. Na semana passada, a discussão foi adiada, mas o projeto continua com urgência constitucional, e por isso está trancando a pauta do plenário.
O presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), fez um apelo aos líderes partidários para que cheguem a um consenso sobre a matéria. Antes sozinha na tentativa de impedir a votação do projeto, a oposição ganhou um forte aliado. O PMDB liberou seus 89 deputados para votar como quiserem a matéria.
Segundo o líder do partido, Geddel Vieira Lima (BA), cerca de 80% da bancada do PMDB deverá votar contra o projeto. Com o apoio dos peemedebistas, o líder do PT, Walter Pinheiro (BA), acredita que o projeto de flexibilização da CLT possa ter o pedido de urgência retirado pelo governo e volte à tranútação normal, ou até mesmo que a matéria seja rejeitada.
Representantes da Justiça do Trabalho também estão totalmente contrários à flexibilização da CLT.
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11/27/2001
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